O que é trombose venosa profunda?
Trombose venosa profunda (TVP), ocorre quando um trombo (coágulo sanguíneo) se desenvolve nas veias profundas do corpo, bloqueando parcialmente ou completamente o fluxo sanguíneo.
A trombose venosa é mais comum nos membros inferiores (trombose nas pernas), mas também pode ocorrer trombose nos membros superiores (trombose no braço), nas veias do cérebro (trombose venosa cerebral), entre muitos outros locais.
A TVP exige diagnóstico rápido e tratamento adequado, uma vez que, se não tratada, pode levar a complicações graves, como a embolia pulmonar.
Sintomas da trombose venosa profunda:
A trombose venosa profunda pode ser uma condição silenciosa, sendo descoberta apenas quando ocorre uma complicação, como uma embolia pulmonar.
Os sintomas da trombose venosa profunda podem incluir:
- Inchaço da perna ou braço;
- Dor ou sensibilidade na perna ou no braço;
- Sensação de queimação e peso constante nas pernas ou nos braços;
- Alteração de coloração da pele: vermelhidão em casos mais leves; palidez ou cor azulada em casos mais graves;
- Rigidez da musculatura;
- As veias próximas a superfície da pele podem ser maiores do que o normal.
Causas e Fatores de Risco
O hábito de ficar longos períodos sentado ou parado na mesma posição, pode diminuir a velocidade da circulação sanguínea e contribuir para o surgimento da trombose venosa profunda.
Além disso, existem fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver trombose venosa, como:
- Idade: embora possa afetar pessoas de qualquer idade, ter mais de 60 anos aumenta o risco de trombose venosa profunda;
- Falta de movimento: ficar muito tempo sentado, como em viagens de carro ou avião, pode aumentar o risco de trombose. O mesmo acontece com o repouso prolongado na cama, após cirurgias;
- Lesões nas veias: danos às paredes das veias, seja por lesões físicas ou procedimentos cirúrgicos, também podem desencadear a formação de coágulos;
- Gravidez: a gestação aumenta a pressão nas veias da pelve e das pernas. O risco de uma trombose gestacional também aumenta após seis semanas depois do parto;
- Obesidade: o excesso de peso pode aumentar a pressão nas veias da pelve e das pernas;
- Tabagismo: fumar afeta o fluxo de sanguíneo e os coágulos, o que pode aumentar o risco de trombose venosa;
- Câncer: alguns tipos de tratamentos de câncer aumentam as substâncias no sangue que causam a coagulação sanguínea;
- Insuficiência cardíaca: essa condição aumenta o risco de desenvolver trombose venosa e embolia pulmonar;
- Doença infamatória intestinal: a doença do Crohn ou colite ulcerativa pode aumentar o risco de trombose venosa;
- Hereditariedade: pessoas com histórico familiar de distúrbios de coagulação sanguínea são mais suscetíveis;
- Predisposição genética: algumas pessoas têm alterações no DNA que fazem com que o sangue coagule mais facilmente, aumentando o risco de desenvolver trombose venosa;
- Uso de anticoncepcionais: certos medicamentos, como pílulas anticoncepcionais, podem aumentar o risco de coágulos sanguíneos.
Como a trombose venosa profunda é diagnosticada?
O diagnóstico da trombose venosa profunda é feito por um médico cirurgião vascular – especialista em cirurgia vascular, que realiza uma combinação de exames físicos e de imagem.
Exame de doppler venoso avalia o fluxo sanguíneo nas veias do corpo – Foto: Divulgação
O exame de ultrassom vascular é o mais comum para identificar a presença de coágulos nas veias. Além disso, exames de sangue, ultrassonografia, tomografia computadorizada, venografia e ressonância magnética, podem ser realizados para ajudar no diagnóstico.
Quais as complicações da trombose venosa?
Uma das complicações mais graves da trombose venosa profunda é a embolia pulmonar, que ocorre quando um coágulo (chamado de êmbolo) se desprende da perna e segue pelos vasos sanguíneos do pulmão, bloqueando o fluxo de sangue e causando uma embolia pulmonar.
A síndrome pós-trombótica é uma complicação crônica da trombose venosa, que pode causar inchaço crônico, dor e até complicações mais graves, como escurecimento, inflamação da pele e formação de úlceras venosas.
Tratamentos da trombose venosa profunda:
O tratamento da trombose venosa profunda visa evitar o crescimento do coágulo, impedir a formação de novos coágulos e prevenir complicações, como a embolia pulmonar. As principais abordagens terapêuticas incluem:
Anticoagulantes
Medicamentos anticoagulantes, são usados para reduzir a capacidade do sangue de coagular. Eles não dissolvem o coágulo existente, mas evitam que ele aumente de tamanho e permitem que o corpo gradualmente o reabsorva.
Terapia trombolítica
Em casos graves, quando o coágulo é extenso ou está causando complicações, medicamentos trombolíticos podem ser administrados para dissolver o coágulo de maneira mais rápida.
Filtros de veia cava
Em pacientes que não podem usar anticoagulantes, um filtro pode ser inserido na veia cava (grande veia que leva o sangue ao coração) para capturar coágulos antes que cheguem aos pulmões.
Meias de compressão
Meias de compressão são frequentemente indicadas para aliviar o inchaço, melhorar a circulação sanguínea e reduzir o risco de complicações a longo prazo.
Meias compressivas e elevação da(s) perna(s) afetada(s) em diferentes momentos ao longo do dia ajudam a melhorar a circulação sanguínea nos membros inferiores – Foto: Divulgação
Como prevenir a trombose venosa?
A prevenção é essencial para quem tem fatores de risco ou já teve episódios de trombose venosa profunda. Algumas medidas comuns de prevenção são:
- Movimentar as pernas: ao viajar, faça pausas frequentes para esticar as pernas. Quando estiver em um avião, fique de pé ou caminhe ocasionalmente. Em viagens de carro, pare a cada hora ou mais e caminhe. Se você não pode andar, faça exercícios para a perna. Levante e abaixe os calcanhares, mantendo os dedos dos pés no chão. Em seguida, levante os dedos dos pés, mantendo os calcanhares no chão;
- Gerenciar o peso: a obesidade é um fator de risco para a trombose venosa. A prática de atividades físicas por pelo menos 30 minutos diariamente, pode ajudar a reduzir o risco de coágulos sanguíneos;
- Manter um estilo de vida saudável: controlar fatores como o tabagismo e manter uma alimentação equilibrada também ajudam a reduzir o risco de trombose;
- Meias de compressão: o uso regular de meias de compressão é uma forma de prevenir a formação de coágulos, especialmente para pessoas com histórico de trombose venosa.
Uso da Membracel no tratamento de úlceras venosas:
Uma das complicações da trombose venosa profunda é o desenvolvimento de úlceras venosas, que ocorrem devido à dificuldade do sangue em retornar ao coração, o que causa inchaço e danos aos tecidos.
Nesses casos, a Membrana Regeneradora Porosa Membracel tem proporcionado excelentes resultados no tratamento de úlceras de membros inferiores, sejam elas arteriais ou venosas.
Aplicação da Membracel em úlcera na perna – Foto: Vuelo Pharma
A membrana protege as terminações nervosas, aliviando instantaneamente a dor. Além disso, contém poros, o que propicia o ambiente ideal para a cicatrização, diminuindo o tempo e os gastos com o tratamento.
Quer saber mais? Descubra a diferença entre úlceras venosas e úlceras arteriais!
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária
