Também conhecidas como úlceras varicosas, as úlceras venosas são causadas devido à má circulação sanguínea nos membros inferiores. Nesses casos, o sangue tem dificuldade de retornar ao coração, ficando estagnado (geralmente próximo às canelas). Esse bloqueio sanguíneo resulta no surgimento de edemas e na fragilização da pele. Nessas condições qualquer pequeno trauma pode lesionar a pele, ocasionando feridas que, se não tratadas já no início, podem evoluir para a condição crônica (úlcera de difícil cicatrização).
Fatores genéticos e doenças pré-existentes (como diabetes, hipertensão e dislipidemia, por exemplo) são os responsáveis por grande parte dos casos desse tipo de úlcera. As chances de surgimento de úlceras venosas aumentam em mulheres, sedentários, fumantes e pessoas que costumam ficar muito tempo de pé.
Como identificar?
As úlceras venosas correspondem a 80% das feridas que acometem pernas e pés. A má circulação do sangue nas pernas resulta em inchaço e formação de varizes, características bastante visíveis e fáceis de serem identificadas. Além disso, a dor é um sintoma comum, podendo variar de intensidade (leve a forte) e não estando ligada diretamente ao tamanho da lesão. Outra característica é que a dor costuma diminuir consideravelmente com a elevação das pernas e utilização de meias de compressão.
De acordo com o enfermeiro estomaterapeuta da Vuelo Pharma, Antônio Rangel, as úlceras venosas são feridas que apresentam formas e bordas irregulares e que, geralmente, acomentem os maléolos (região das canelas). Outra característica é a presença de exsudato (secreção) amarelado em moderada ou alta quantidade. “Se o tratamento correto não for iniciado rapidamente, a ferida pode evoluir e se tornar profunda. Além disso, é muito importante ficar atento ao aumento da dor, que pode indicar infecção”, alerta Rangel.
Como prevenir?
Manter uma dieta saudável, beber ao menos 2 litros de água por dia e praticar exercícios físicos recomendados pelo médico são atitudes que ajudam a manter o organismo saudável. Fazer acompanhamento periódico com um médico angiologista e monitorar regularmente a integridade da pele das pernas e dos pés são atitudes que ajudam na prevenção.
Tratamentos
Como são feridas complexas e de difícil cicatrização, as úlceras venosas podem demorar meses (e até mesmo anos!) para cicatrizar, influenciando diretamente na qualidade de vida e estado emocional do paciente. Em geral, o retorno do sangue é melhorado com repouso com as pernas elevadas e bandagem compressiva, além do uso de medicação específica e controle das doencas de base. É indicado que o paciente eleve as pernas 2 horas pela manhã e 2 horas à tarde. Se for fumante, deve parar de fumar.
Já que a ferida tem origem de um problema vascular, é importante que haja o acompanhamento de um médico angiologista, para que o tratamento tópico seja alinhado à normalização da circulação sanguínea. Com o fluxo sanguíneo estabilizado, o próximo passo é dar andamento com o tratamento da ferida. Na maioria dos casos, curativos especiais são indicados, pois tem características únicas que, somadas, aceleram o tempo de tratamento e diminuem os custos, auxiliando na rápida reabilitação do paciente.
Como tratar úlceras com curativos?
Para o tratamento da lesão, existem no mercado curativos que aceleram a cicatrização da pele. É o caso da Membrana Regeneradora Porosa Membracel, que além de tratar a lesão, alivia a dor já na primeira aplicação. A membrana contém poros, o que permite a drenagem do excesso de exsudato (secreção) e possibilita as trocas gasosas. Não necessita de trocas diárias, o que proporciona mais conforto ao paciente. Ou seja, a mesma membrana pode permanecer no leito da lesão por até 12 dias, caso não haja sinais de infecção, como mau cheiro. Para que o tratamento da lesão alcance o resultado esperado, é imprescindível contar com o acompanhamento de um profissional capacitado para indicar o caminho que o tratamento deve seguir, como o enfermeiro estomaterapeuta.
Os curativos voltados para o tratamento de úlceras são uma parte do tratamento. De nada adianta tratar a parte tópica e não melhorar a circulação sanguínea. “Esse tipo de úlcera é recorrente se o tratamento não for pensado de forma holística. É preciso tratar não apenas a pele, mas o paciente como um todo. Por isso é tão importante ter o acompanhamento de um profissional da saúde”, conclui Rangel.
Quer saber mais sobre o tratamento de úlceras com a Membracel? Assista esse vídeo.
Leia esse post para entender a diferença entre úlcera venosa e úlcera arterial.
Conheça a história da Membracel.
Antonio Rangel
Antônio Rangel
Enfermeiro Especialista Estomaterapia e Podiatria Clinica e saúde da Família |
Graduado em enfermagem pela PUC-PR |
Pós-graduado em Estomaterapia (feridas, incontinência e estigmas) pela PUC-PR |
Pós-graduado em Podiatria Clínica pela UNIFESP |
Pós-graduado em Saúde Coletiva pela UFPR |
Pós-graduado em Saúde da Família pela Faculdade Evangélica pela PR |
Enfermeiro Assessor Técnico da Vuelo Pharma até 2023 |
Professor convidado do curso de Estomaterapia da PUC-PR |
Enfermeiro referência para tratamento de feridas e pé diabético da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba