O preconceito ainda é uma das maiores preocupações de quem sofre de epidermólise bolhosa, uma doença de pele com causa genética que causa a fragilidade da pele e das mucosas. A doença, que é causada por uma alteração ou ausência de colágeno, faz com que a pele fique coberta por manchas e bolhas. “Muitas pessoas acham que a doença pode ser contagiosa, por isso ficam com medo de se aproximar”, conta o enfermeiro da Membracel, Antonio Rangel, que é enfermeiro especialista em tratamento de feridas de pele. Entretanto, garante o especialista, essa preocupação é infundada, já que a doença é hereditária e a pessoa nasce com os sintomas ou irá apresenta-los até os três anos de idade.
A EB, como é conhecida a doença, deixa a pele extremamente frágil, podendo causar bolhas e erosões em consequência de qualquer atrito, além de outras complicações graves em consequência desta falta de colágeno. Por isso, também é conhecida como a “doença da borboleta”, pelo fato da pele sensível como a asa do inseto, que é extremamente frágil e pode se desfazer com o toque. Rangel explica que a pele possui duas camadas: uma externa, a epiderme, e outra interna, a derme. “Na pele saudável, existem âncoras de proteína entre essas duas camadas que impedem que elas se movimentem independentemente uma da outra. Já em quem tem epidermólise bolhosa essas duas camadas não possuem as âncoras, o que faz com que a pele e as mucosas fiquem muito frágeis.”
Com isso, uma leve fricção ou até mesmo mudanças climáticas podem separar as camadas e formar bolhas e feridas dolorosas. As áreas de maior atrito – como mãos, pés e mucosas – são as mais afetadas. As lesões mais profundas causadas pela EB podem ter como consequências cicatrizes como as de queimaduras.
A doença é grave e ainda não tem cura. Entretanto, a prevenção de traumas e a escolha por melhores tratamentos é o principal caminho para amenizar os sintomas da epidermólise bolhosa, minimizando a dor e melhorando a qualidade de vida. “É fundamental utilizar produtos que estimulem a cicatrização e diminuam a manipulação da área lesionada, prevenindo infecções”.
Uma opção de tratamento das lesões na pele que apresenta bons resultados é por meio do curativo feito com a membrana regeneradora porosa, a Membracel. “A membrana, que é fabricada a partir de um processo de biotecnologia, funciona como um substituto da pele, evitando rejeição e alergias, além de favorecer a rápida epitelização e ajudar a diminuir, consideravelmente, a dor.”