O que é Impetigo?
O impetigo é uma infecção de pele altamente contagiosa, causada por bactérias como o Staphylococcus aureus e o Streptococcus pyogenes.
Embora essa condição seja mais comum em bebês e crianças pequenas, ela também pode afetar adultos, especialmente aqueles com o sistema imunológico comprometido.
Para saber identificar o impetigo, é importante entender seus dois tipos principais:
- Impetigo bolhoso: caracterizado pela formação de bolhas grandes e cheias de líquido, que podem se romper facilmente, deixando áreas úmidas e avermelhadas na pele, que podem se transformar em crostas amareladas. Este tipo é mais comum em bebês e crianças pequenas.
- Impetigo crostoso: é o tipo mais comum e é identificado por pequenas feridas que se transformam em crostas de cor mel. As lesões geralmente aparecem no rosto, ao redor da boca e do nariz.
Ambos os tipos de impetigo são altamente contagiosos e podem ser transmitidos por meio do contato direto com as lesões ou objetos pessoais contaminados, como toalhas e roupas.
Sintomas e Diagnóstico
Os primeiros sintomas do impetigo incluem feridas pequenas e descoloridas, que podem aparecer em áreas como o rosto, especialmente ao redor do nariz e da boca.
Com o tempo, essas feridas se rompem rapidamente, formando crostas amareladas ou douradas sobre as lesões. Essa crosta é uma característica comum do impetigo crostoso.
Impetigo nos cantos da boca – Foto: Adobe Stock
No caso do impetigo bolhoso, os sintomas podem incluir coceira, dor e bolhas cheias de líquido, que costumam aparecer no tronco, braços e pernas, especialmente em bebês e crianças menores de 2 anos.
O diagnóstico do impetigo é geralmente feito com base na aparência das lesões de pele e no histórico clínico do paciente. Quando o diagnóstico não é claro, o médico pode coletar uma amostra da ferida para cultura bacteriana, identificando assim a bactéria causadora da infecção e garantindo o tratamento adequado.
Fatores de Risco e Transmissão
Os fatores que aumentam o risco de impetigo são:
O impetigo ocorre com mais frequência em crianças de 2 a 5 anos, devido à pele mais delicada e ao sistema imunológico em desenvolvimento, o que os torna mais vulneráveis à infecção. Embora também possa afetar adultos, a taxa de incidência é maior entre as crianças dessa faixa etária.
- Sistema imunológico enfraquecido:
Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, devido a doenças crônicas, uso de medicamentos imunossupressores ou tratamentos como quimioterapia, têm maior probabilidade de desenvolver infecções de pele, incluindo o impetigo.
- Contato próximo com pessoas infectadas
O impetigo é altamente contagioso, e o contato direto com uma pessoa infectada é uma das principais formas de transmissão. Crianças em ambientes como creches, escolas e parques estão especialmente expostas, já que o impetigo pode ser facilmente espalhado por meio de beijos, abraços ou até mesmo objetos compartilhados, como toalhas e brinquedos.
Qualquer tipo de lesão na pele, como cortes, arranhões, picadas de insetos ou até queimaduras solares, pode facilitar a entrada das bactérias causadoras do impetigo.
A falta de higiene pessoal adequada pode ser um fator de risco, pois a não lavagem frequente das mãos, especialmente após tocar em áreas infectadas ou objetos contaminados, pode facilitar a propagação das bactérias que causam o impetigo.
O clima quente e úmido pode criar um ambiente propício para o crescimento de bactérias na pele. Isso porque durante o verão, o suor excessivo pode irritar a pele e tornar as lesões mais suscetíveis à infecção, aumentando o risco de impetigo.
- Condições de pele pré-existentes
Crianças e adultos que sofrem com dermatite atópica (eczema) ou outras condições de pele que comprometem a barreira protetora da pele estão em maior risco de contrair impetigo. As áreas irritadas e inflamadas oferecem um ponto de entrada propicio para as bactérias.
A dermatite pode causar coceira, que pode levar a escoriações na pele, criando uma porta de entrada para as bactérias que causam impetigo – Foto:Shutterstock
O impetigo pode ser facilmente transmitido para outras partes do corpo ou para outras pessoas através do contato direto com as lesões infectadas ou indiretamente, por meio de objetos contaminados, como toalhas, roupas e outros itens de uso pessoal.
Para prevenir o contágio, é importante adotar medidas de higiene rigorosas, tais como:
- Lavar as mãos regularmente com água corrente e sabão neutro. Em casos de uso de pomadas antibióticas, é indicado lavar as mãos antes e depois da aplicação.
- Lavar as roupas, lençóis e toalhas da pessoa infectada com água quente, separadamente das demais roupas da casa.
- Lavar os brinquedos e outros objetos com detergente e água morna para garantir que fiquem livres de bactérias.
- Manter as unhas cortadas e limpas para reduzir o risco de arranhões e disseminação da infecção.
- Ficar afastado de locais públicos, como escolas, creches e trabalho, até que a infecção não seja mais contagiosa.
- Evitar o contato direto com crianças, pessoas com diabetes ou aquelas com sistema imunológico enfraquecido.
- Nunca tocar, coçar ou furar as feridas, bolhas ou crostas. Isso pode piorar a cicatrização e aumentar o risco de espalhar as bactérias para outras partes do corpo ou para outras pessoas.
- Evitar compartilhar toalhas, lençóis, fronhas ou outros itens de uso pessoal com outras pessoas.
- Evitar preparar alimentos para outras pessoas, pois as bactérias podem ser transferidas para a comida, aumentando o risco de transmissão.
- Evitar locais aglomerados e esportes de contato físico, como futebol ou luta, enquanto estiver com impetigo.
Essas medidas são fundamentais não apenas para proteger a si mesmo, mas também para evitar a disseminação do impetigo para outras pessoas.
Tratamentos para Impetigo
Para casos leves de impetigo, a higienização regular das áreas afetadas pode ser suficiente para acelerar a recuperação. Em situações mais comuns, o médico pode prescrever pomadas ou cremes antibióticos tópicos, que devem ser aplicados diretamente sobre as lesões para combater a infecção.
Se o impetigo for mais extenso ou não responder ao tratamento tópico, pode ser necessário o uso de antibióticos orais. Além dos tratamentos médicos, alguns cuidados adicionais podem ajudar na recuperação como:
- O uso de cremes hidratantes recomendados pelo médico pode evitar o ressecamento e a irritação da pele ao redor das lesões.
- Uso de curativos avançados como a Membrana Regeneradora Porosa Membracel, podem acelerar o processo de cicatrização e prevenir infecções secundárias. Além disso, a Membracel vai ajudar no alívio da dor e a reduzir a formação de cicatrizes.
Uso da membrana regeneradora na pele – Foto: Vuelo Pharma
O tratamento adequado e imediato do impetigo não apenas reduz o tempo de recuperação, mas também evita sérias complicações, como celulite, abscessos e até mesmo glomerulonefrite pós-estreptocócica, uma condição rara que pode afetar os rins.
Lembre-se: o diagnóstico e o acompanhamento médico são indispensáveis para garantir o sucesso do tratamento e a segurança do paciente e das pessoas ao seu redor.
Se você quer saber mais sobre outra condição que pode afetar a pele, leia o nosso conteúdo sobre dermatite bolhosa.
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária
