A erisipela é uma doença infecciosa da pele que, na maioria dos casos, é causada pela bactéria Streptococcus pyogenes.
O contágio é por meio de um fator chamado “porta de entrada”, que inclui lesões e áreas da pele que, por estarem sensibilizadas, facilitam a penetração da bactéria.
Entre os fatores de risco mais comuns podemos destacar:
- Cortes ou feridas simples;
- Úlceras;
- Pé de atleta (frieira);
- Eczemas;
- Impetigo;
- Varicela (catapora);
- Espinhas (acne);
- Picadas de insetos;
- Queimaduras;
- Manipulação inadequada das unhas;
- Implantação de piercings;
- Doenças crônicas como diabetes;
- Condições que comprometem o sistema imunológico.
Embora a doença possa acometer qualquer pessoa, é mais comum em idosos, pessoas com obesidade e aquelas com problemas circulatórios.
“Por isso, devem manter uma rotina de exame nos pés em busca de bolhas, micoses ou feridas, ao menos uma vez por semana. Se necessário, devem pedir ajuda a uma terceira pessoa”, aconselha o enfermeiro especialista em feridas da Membracel, Antonio Rangel.
Sintomas da Erisipela
Os sintomas da erisipela são geralmente de modo inesperado e muitas vezes acompanhados de febre, calafrios e tremores.
Outros sintomas da infecção podem ser perda de apetite, náuseas, vômitos, mal-estar e dor de cabeça. As áreas afetadas pela erisipela costumam ser avermelhadas, inchadas, quentes, dolorosas e sensíveis à palpação.
A erisipela afeta predominantemente apeledos membros inferiores, mas quando envolve a face, pode ter uma característica distribuição em borboleta nas bochechas e na ponta do nariz.
“A pele costuma apresentar vermelhidão, dor, inchaço, bolhas ou feridas. Em casos mais graves, pode necrosar a pele”, explica Rangel.
Diferente de outras infecções de pele, a erisipela geralmente apresenta uma borda bem definida entre a pele saudável e a infectada.
Diagnóstico da Erisipela
O diagnóstico da erisipela é feito por meio de exame clínico. O médico clínico, dermatologista ou cirurgião vascular, avaliará a aparência da pele e os sintomas relatados pelo paciente.
Em alguns casos, exames laboratoriais como hemograma podem ser solicitados para confirmar a infecção e avaliar a gravidade. Exames de sangue podem ser necessárias em casos de infecção severa ou se o paciente não responder ao tratamento inicial.
Tratamentos para Erisipela
Como a erisipela é uma doençaqueafetaos vasos linfáticos da pele, os angiologistas e cirurgiões vasculares são os especialistas responsáveis pelo tratamento e prevenção das crises de erisipela.
No entanto, o tratamento é uma combinação de diversas medidas realizadas simultaneamente sob orientação e supervisão de um profissional de saúde:
- Uso de antibióticos para destruir as bactérias;
- Manter a área afetada elevada para reduzir o inchaço;
- Fechamento da porta de entrada de bactérias, tratando as lesões de pele e as frieiras;
- Limpar adequadamente a pele para eliminar condições que conduzam ao crescimento bacteriano;
- Uso de medicamentos que auxiliem a circulação linfática e venosa.
“Curativos especiais, como a membrana regeneradora Membracel, atuam como um substituto temporário da pele, favorecendo rápida cicatrização quando há feridas ou ulcerações”, acrescenta Rangel.
Prevenção da Erisipela
Prevenir a erisipela envolve uma série de cuidados com a pele como:
- Controle de doenças crônicas como diabetes e problemas circulatórios;
- Cuidado com feridas e lesões na pele, mantendo-as limpas e cobertas;
- Manter a pele hidratada para evitar rachaduras e fissuras;
- Uso de roupas adequadas que não causem atrito ou irritação na pele;
- Manter uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, para fortalecer o sistema imunológico.
“Movimentar-se constantemente e usar meia elástica pode ajudar a evitar o inchaço. Aconselha-se também repouso com as pernas elevadas sempre que possível”, diz Rangel.
Complicações Potenciais da Erisipela
Se não for tratada adequadamente, a erisipela pode evoluir para abscessos, úlceras (feridas) superficiais ou profundas e trombose nas veias. A sequela mais comum é o linfedema, um inchaço persistente e duro causado por ataques repetidos de erisipela, principalmente nas pernas e tornozelos.
“A recorrência de infecções pode, ainda tonar-se uma condição crônica e resultar em uma complicação crônica conhecida como linfedema que se caracteriza pelo aumento do volume e do peso do membro afetado, limitando suas funções”, finaliza Rangel.
Procurar atendimento médico e tratamento adequado são essenciais para prevenir essas complicações e garantir uma recuperação e cicatrização completa.
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Antonio Rangel
Antônio Rangel
Enfermeiro Especialista Estomaterapia e Podiatria Clinica e saúde da Família |
Graduado em enfermagem pela PUC-PR |
Pós-graduado em Estomaterapia (feridas, incontinência e estigmas) pela PUC-PR |
Pós-graduado em Podiatria Clínica pela UNIFESP |
Pós-graduado em Saúde Coletiva pela UFPR |
Pós-graduado em Saúde da Família pela Faculdade Evangélica pela PR |
Enfermeiro Assessor Técnico da Vuelo Pharma até 2023 |
Professor convidado do curso de Estomaterapia da PUC-PR |
Enfermeiro referência para tratamento de feridas e pé diabético da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba