Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), afetam mais de 5 milhões de pessoas no mundo. No Brasil os casos estão aumentando, atingindo 100 a cada 100 mil habitantes, com maiores concentrações no Sul e no Sudeste do país.
O que são Doenças Inflamatórias Intestinais?
As Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), são doenças autoimunes caracterizada por inflamação crônica nos intestinos, causando sintomas como dores abdominais, diarréia, constipação e alterações no hábito intestinal que podem variar de intensidade de acordo com o quadro do paciente.
As DIIs mais comuns são colite ulcerativa, doença de Crohn e a Retocolite. Aqui no blog, também temos um conteúdo explicando o que são doenças inflamatórias intestinais, como diagnosticar e tratar.
O que é hábito intestinal?
O hábito intestinal é o termo usado para definir quantas vezes você tem evacuações. É considerado normal evacuar todos os dias ou pelo menos a cada dois ou três dias. Caso o número de evacuações seja menor, é preciso ficar atento e, se necessário, buscar orientação de um profissional de saúde.
Existem alguns fatores que podem alterar o hábito intestinal normal, como o stress, uma má alimentação e o sedentarismo. Um estilo de vida desequilibrado pode, sim, provocar o surgimento de doenças inflamatórias intestinais.
Quais os sintomas de alterações no hábito intestinal?
Os sintomas que podem sinalizar alterações no hábito intestinal e que merecem atenção são:
- Qualquer mudança nos hábitos intestinais durante duas semanas ou mais;
- Alteração na textura das fezes, sendo mais ressecada ou amolecida;
- Alteração na cor das fezes, com aparência mais pálida ou muito escura;
- Fezes que são mais estreitas durante duas a quatro semanas;
- Fezes que flutuam e possuem placas de gordura;
- Evacuações dolorosas ou difíceis de passar;
- Dores e inchaço no estômago e nenhum movimento por mais de três ou quatro dias;
- Sangue nas fezes.
Caso você apresente qualquer um desse sintomas, procure um médico especialista para uma avaliação adequada.
Consumir alimentos ricos em fibras é fundamental para manter um bom fluxo intestinal.
Como evitar Doenças Infamatórias Intestinais?
No Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (19/05), destacamos a importância de hábitos alimentares que podem aliviar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida de quem convive com essa condição.
Para evitar doenças e manter o bom funcionamento do seu intestino, consuma alimentos ricos em fibras. As fibras solúveis, ao contrário das fibras insolúveis, formam um gel quando misturadas com água, facilitando a passagem do bolo fecal e reduzindo a incidência de dor e desconforto.
Os alimentos ricos em fibras solúveis incluem:
- Grãos integrais como aveia, quinoa e arroz integral;
- Leguminosas como feijões, lentilhas e grão-de-bico;
- Frutas como bananas, peras, ameixas e maçãs (preferencialmente consumidas com casca);
- Vegetais como cenouras e abóboras ou os folhosos verdes como espinafre, couve e brócolis;
- Lembrando que é importante acompanhar a ingestão de fibras com bastante líquido para evitar o efeito contrário, como o bloqueio intestinal;
Por outro lado, existe alguns alimentos que podem irritar o intestino e que podem ser evitados:
- Produtos lácteos (pode causar constipação em algumas pessoas);
- Alimentos processados e ricos em gorduras;
- Comidas picantes;
- Café e outras bebidas com cafeína;
- Álcool.
Além disso, ao invés de três grandes refeições, opte por refeições menores e mais frequentes para ajudar a reduzir a carga sobre o sistema digestivo. Isso permite que o intestino processe os alimentos mais suavemente e com menos estresse, reduzindo os sintomas.
Assim como a adoção de hábitos alimentares saudáveis, a prática de atividades físicas como caminhadas ou corridas, também pode auxiliar na melhoria do trânsito intestinal.
Ficou com alguma dúvida? Compartilhe nos comentários para que possamos ajudar!
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária
