Nem toda ferida cicatriza da mesma forma. Algumas fecham rapidamente, enquanto outras permanecem abertas por semanas ou até meses.
Segundo o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (CORENDF), as feridas podem ser classificadas em simples e complexas. As simples cicatrizam no tempo esperado, passando pelas três fases do processo cicatricial: inflamatória, proliferativa e reparadora (ou de maturação).
As feridas complexas podem se manifestar de várias formas, como é o caso das úlceras nos pés de pacientes diabéticos – Foto: Adobe Stock
Já as feridas complexas são lesões que não seguem esse processo de cicatrização, levando mais tempo do que o esperado para se curar. Isso ocorre devido a diversos fatores, como infecção, doenças sistêmicas ou comprometimento vascular.
Diferente das feridas simples, que cicatrizam naturalmente, uma ferida complexa pode se tornar um problema sério se não tratada corretamente, exigindo cuidados especiais e acompanhamento médico adequado.
Principais causas e fatores de risco
As feridas complexas podem surgir por diversos motivos e são influenciadas por diversos fatores de risco que comprometem o processo de cicatrização.
Uma das principais causas das feridas complexas é a infecção. A presença de bactérias patogênicas e outros micro-organismos podem invadir o tecido lesionado, dificultando a cicatrização e até mesmo piorando o quadro da ferida.
Pacientes com doenças crônicas, como diabetes, doenças vasculares (arteriais ou venosas), insuficiência renal e aqueles em tratamento imunossupressor, apresentam maior risco de desenvolver feridas complexas devido à dificuldade no processo de cicatrização.
A pressão constante sobre determinadas áreas do corpo, como em pacientes acamados ou com mobilidade reduzida, pode resultar na formação de úlceras de pressão (escaras). A falta de movimentação compromete a circulação sanguínea local e dificulta a cicatrização, aumentando o risco de complicações.
Pacientes acamados ou com mobilidade reduzida são mais propensos a feridas como úlceras de pressão – Foto: Freepik
Feridas recorrentes, como úlceras venosas e feridas nos pés de pacientes diabéticos, muitas vezes se desenvolvem devido ao trauma contínuo nas áreas afetadas. Esse trauma é causado pela compressão da pele e dos tecidos moles contra uma superfície rígida, interrompendo o fluxo sanguíneo local e prejudicando a cicatrização.
Uma alimentação pobre em proteínas, vitaminas (como a vitamina C e A) e minerais (como zinco e ferro) pode prejudicar diretamente a formação de novos tecidos e a resposta imunológica do corpo, aumentando o risco de infecção e dificultando o processo de regeneração celular.
Abordagens terapêuticas no tratamento de feridas complexas
Após a avaliação da ferida, um plano de tratamento deve ser formulado, visando otimizar o estado geral do paciente. Isso inclui o controle de infeções, a limpeza da ferida, o desbridamento de tecidos necróticos, o controle da dor e a implementação de medidas de alívio da pressão em casos de úlceras por pressão.
1. Limpeza e Desbridamento
Um dos primeiros passos no tratamento de feridas complexas é a limpeza adequada. O uso de polihexametileno biguanida (PHMB) é altamente recomendado para a limpeza de feridas, especialmente se houver excesso de exsudato ou sinais de infecção.
A limpeza e o desbridamento da ferida são essenciais para criar um ambiente favorável à cicatrização – Foto: Portal Educação
Dependendo do caso, o desbridamento de detritos e tecido não viável pode ser feito de forma cirúrgica, mecânica, enzimática ou autolítica, sempre com base na avaliação do profissional de saúde.
2. Controle da infecção
O uso de antibióticos tópicos ou orais, dependendo da gravidade da infecção, é frequentemente necessário para controlar a proliferação de bactérias. Além disso, curativos apropriados, que ajudem a manter o ambiente da ferida limpo e seco, são fundamentais para evitar novas infecções.
3. Terapia por pressão negativa (TPN)
Além do tratamento convencional, terapias avançadas como terapia por pressão negativa (TPN) e o uso de membranas regeneradoras, têm mostrado resultados promissores. A TPN ajuda a promover a cicatrização ao reduzir o edema, aumentar a perfusão sanguínea e remover o excesso de exsudato.
O uso de membranas regeneradoras, como a Membrana Regeneradora Porosa Membracel, estimula a regeneração dos tecidos, alivia a dor já na primeira aplicação, permite trocas gasosas, mantém a umidade da lesão e acelera o processo de cicatrização.
Importância da abordagem interdisciplinar
O tratamento de feridas complexas exige mais do que apenas o cuidado com a lesão em si. Para garantir uma cicatrização eficiente e prevenir complicações, é importante adotar uma abordagem interdisciplinar, onde diferentes profissionais da saúde trabalham em conjunto para otimizar o processo de recuperação do paciente.
A equipe pode incluir especialistas em tratamento de feridas, como enfermeiros, cirurgiões vasculares e plásticos, nutricionistas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, especialmente em pacientes acamados.
A abordagem interdisciplinar reúne especialistas para otimizar a cicatrização e a qualidade de vida do paciente – Foto: Freepik
Para que o manejo das feridas seja feito de forma eficiente e padronizada, recomenda-se a aplicação da metodologia TIMES, um guia que ajuda a avaliar e tratar feridas de forma holística:
- Tecido (Tissue): O tipo de tecido presente no leito da ferida determina a melhor abordagem terapêutica. A presença de tecido necrótico ou esfacelado pode exigir desbridamento para favorecer a regeneração.
- Infecção ou Inflamação (Infection/Inflammation): A presença de infecção prolonga a fase inflamatória e impede a cicatrização. O controle adequado inclui o uso de antimicrobianos, limpeza rigorosa e, em alguns casos, antibióticos.
- Equilíbrio de umidade (Moisture balance): A quantidade de umidade na ferida impacta diretamente a cicatrização. Por isso, uma abordagem holística do paciente ajuda a determinar a umidade ideal e a escolha do curativo adequado.
- Epitelização e borda da ferida (Epithelial advancement/Edge of wound): A ausência de avanço epitelial pode indicar uma ferida crônica que não está cicatrizando adequadamente. A identificação precoce desse problema permite ajustes no tratamento.
- Pele circundante (Surrounding skin): A integridade da pele ao redor da ferida também deve ser avaliada. Inflamação, maceração ou ruptura podem indicar complicações que precisam ser tratadas para evitar a progressão da lesão.
A união de diferentes especialidades não apenas acelera a cicatrização, mas também melhora a qualidade de vida do paciente, reduzindo o tempo de internação, minimizando o risco de infecções e garantindo um tratamento mais eficiente e humanizado.
Uso da Membracel Membrana Regeneradora Porosa no tratamento de feridas complexas
O tratamento de feridas complexas, especialmente crônicas e agudas, vem avançando com o uso de curativos inovadores. Um exemplo de sucesso é o uso da Membrana Regeneradora Porosa Membracel, que acelera a cicatrização ao fornecer uma barreira protetora e estimular a regeneração da pele.
A membrana age como uma segunda pele, protegendo a ferida de agentes externos e reduzindo o risco de infecção. Além disso, promove a regeneração celular, permitindo que a pele se reconstrua de maneira mais rápida e eficiente.
A Membrana Regeneradora Porosa Membracel acelera a cicatrização de lesões de pele – Foto: Vuelo Pharma
Esse curativo é especialmente indicado para o tratamento de feridas difíceis de cicatrizar, como úlceras venosas e feridas nos pés de pacientes diabéticos. Com o uso da Membracel, o tempo de cicatrização pode ser reduzido, proporcionando não só uma recuperação mais rápida, mas também uma melhor qualidade de vida para os pacientes.
Estudos de caso e evidências clínicas
Diversos estudos e relatos clínicos demonstram a eficácia da Membrana Regeneradora Porosa Membracel no tratamento de feridas complexas, incluindo queimaduras, úlceras em pé de diabético, escaras e outras lesões de difícil cicatrização.
“Conheci a Membracel através da internet pesquisando no Google sobre tratamentos para úlcera da minha mãe, Irene Aleluia, de 89 anos. A membrana foi usada em uma úlcera venosa na parte inferior da perna direita, que já estava bastante grande e infeccionada. Já havíamos tentado outras medicações, mas que não estavam fazendo efeito. O resultado do tratamento com a Membracel foi percebido logo no começo, cerca de 8 a 10 dias após o uso da membrana. O tratamento, que durou cerca de um ano, foi muito eficiente e hoje a ferida está fechada.”
Márcia Aleluia, filha de Irene Aleluia, 89 anos, de Barra do Rocha – BA.
Neste vídeo, o enfermeiro Antônio Rangel apresenta a evolução de diversos casos médicos tratados com a Membracel, mostrando como o curativo ajudou na cicatrização e ofereceu uma solução eficaz para condições desafiadoras.
Não deixe que feridas complexas afetem a qualidade de vida de seus pacientes. Experimente a Membracel e acelere o processo de cicatrização com resultados comprovados.
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária