De acordo com um estudo, infecções de pele como a erisipela têm registrado um aumento progressivo nas internações hospitalares nos últimos anos, especialmente entre pacientes com condições de saúde preexistentes, como diabetes e doenças vasculares.
A forma bolhosa da erisipela, considerada uma das mais graves, se manifesta pela formação de bolhas e feridas dolorosas, o que pode levar a um quadro clínico mais complicado, especialmente se o tratamento não for iniciado de maneira rápida e adequada.
Essa infecção é preocupante, porque pode evoluir para infecções sistêmicas mais severas, como septicemia, caso não receba o tratamento corretamente.
O que é Erisipela Bolhosa?
A erisipela é uma infecção bacteriana, frequentemente causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, que atinge principalmente as camadas mais superficiais da pele e dos vasos linfáticos.
Diferente da erisipela comum, que apresenta áreas de vermelhidão e inchaço bem definidas, a erisipela bolhosa é caracterizada pela formação de bolhas cheias de liquido em áreas da pele comprometida.
Causas e Fatores de Risco da Erisipela Bolhosa
A erisipela bolhosa é causada por bactérias streptococcus pyogenes, ou Estreptococo beta-hemolítico do grupo A, estreptococos do grupo B, ou Staphylococcus aureus, que penetram na pele ou mucosas através de fissuras, cortes ou pequenas feridas.
Os fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento da erisipela são:
- Insuficiência e estase venosa;
- Obesidade;
- Idade avançada;
- Episódios anteriores de celulite (não a celulite estética, mas sim a celulite infecciosa, que é uma infecção bacteriana nos tecidos subcutâneos) e erisipela;
- Linfedema crônico;
- Diabetes;
- Condições de imunossupressão;
- Alcoolismo;
- HIV;
- Doenças vasculares como, úlceras venosas e arteriais;
- Hepatite crônica;
- Sistema imunológico comprometido;
- Tabagismo;
- Traumas ou ulcerações na pele, que facilitam a entrada de bactérias.
Sintomas e Diagnóstico da Erisipela Bolhosa
Os primeiros sinais de erisipela bolhosa podem ser aqueles comuns a qualquer infecção: febre alta, calafrios, fraqueza, mal-estar, náuseas e vômitos.
Outros sintomas apresentam alterações na pele, como:
- Vermelhidão intensa;
- Inchaço e tom brilhante;
- Aumento da temperatura na área afetada
- Inflamação acompanhada de dor;
- Sensação de queimação, sensibilidade e coceira na área afetada;
- Formação de bolhas com líquido claro ou purulento.
As áreas frequentemente acometidas são as pernas e os pés, mas a infecção pode ocorrer em qualquer parte do corpo.
O diagnóstico da erisipela bolhosa é feito por um clínico geral ou dermatologista, com base nos sinais e sintomas apresentados, e do histórico de saúde da pessoa.
Exames laboratoriais e de imagem também podem ser solicitados para confirmar a presença da bactéria responsável pela infecção.
Tratamento da Erisipela Bolhosa
O tratamento da erisipela bolhosa deve começar imediatamente após o diagnostico para evitar complicações graves.
As abordagens iniciais incluem a administração de antibióticos, como penicilina ou cefalosporinas, que podem ser administrados por via oral ou intravenosa, conforme a gravidade da condição.
Em casos de infecção extensa ou risco de septicemia, a internação hospitalar pode ser necessária para um monitoramento mais rigoroso da infecção.
Além do tratamento medicamentoso, é importante realizar uma limpeza adequada nas áreas afetadas para remover resíduos e prevenir infecções.
As bolhas podem ser drenadas com a supervisão de um profissional de saúde, e a utilização de curativos adequados para proteger a pele e acelerar o processo de cicatrização.
Como Membracel Auxilia na Recuperação de Erisipela Bolhosa
Curativos especiais, como a Membrana Regeneradora Porosa Membracel, atuam como um substituo da pele, favorecendo rápida cicatrização quando há feridas ou ulcerações.
A Membracel funciona como uma barreira física, reduzindo expressivamente a área desprotegida da lesão e evitando a contaminação por agentes externos.
Os poros da membrana permitem a drenagem do excesso de exsudato (secreção da ferida) para um curativo secundário, mantendo a umidade ideal no leito da lesão. Além disso, os poros favorecem as trocas gasosas, importantes para o processo de cicatrização.
Prevenção e Cuidados Pós-Tratamento
A prevenção da erisipela bolhosa envolve cuidados básicos com a pele, especialmente em pessoas que apresentam fatores de risco:
- Manter a pele limpa e seca, principalmente os espaços entre os dedos dos pés;
- Manter a pele hidratada para evitar rachaduras e fissuras;
- Evitar traumas, como cortes e arranhões;
- Tratar feridas, frieiras ou micoses imediatamente;
- Usar meias de compressão, para reduzir inchaço e o acúmulo de líquidos nos membros inferiores;
- Controlar condições crônicas, como diabetes e insuficiência venosa;
- Manter o peso corporal;
- Manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente para fortalecer o sistema imunológico;
- Evitar a exposição excessiva ao sol;
- Fazer repouso com as pernas elevadas acima do nível do coração sempre que possível.
Após o tratamento, é indicado seguir as orientações do profissional da saúde, incluindo o uso contínuo de antibióticos se prescrito, e realizar visitas regulares ao médico para monitorar a cicatrização e evitar complicações.
Agora que você já sabe tudo sobre erisipela bolhosa, descubra os principais tipos de epidermólise bolhosa!
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária