O que é um enxerto cutâneo?
Enxerto cutâneo é o procedimento que reposiciona uma parcela de pele (retirada de uma área saudável) para uma região do corpo que foi lesionada.
As situações mais comuns que levam ao enxerto de pele são: acidentes, feridas cirúrgicas, retirada de tumores e queimaduras profundas.
Utilizada em situações em que o ferimento não tem perspectiva de melhora apenas com curativos, o enxerto cutâneo reduz a área exposta, diminuindo a probabilidade de contaminação e tornando a cicatrização mais rápida.
Tipos de enxerto cutâneo
Os enxertos cutâneos podem ser classificados como laminados e malhas. Veja abaixo as características de cada um:
- Enxerto laminado: quando a porção de pele retirada não sofre nenhuma modificação, sendo diretamente aplicada na área lesionada.
- Enxerto em malha: são feitas várias perfurações na pele extraída para que haja expansão do tecido e aumento da superfície a ser aderida à lesão. Após esse procedimento, o aspecto da pele se assemelha a uma rede ou tela.
Além disso, pode-se também classificar um enxerto quanto à espessura da pele retirada:
- Espessura total: quando são retiradas a derme e a epiderme da área doadora, incluindo os anexos (como pelos e glândulas). Essa modalidade de enxerto é bastante comum em casos de queimaduras de terceiro grau, devido à sua alta complexidade.
- Espessura parcial: preserva a derme na área doadora.
Existe, ainda, o enxerto composto, que além da epiderme e derme, contém um componente adicional, como gordura ou cartilagem.
Enxerto cutâneo em queimaduras: desafios e benefícios
Os enxertos de pele são usados quando uma queimadura é mais profunda do que a camada superior da pele, como uma queimadura de segundo ou terceiro grau.
Essas queimaduras podem destruir os tecidos que cicatrizam feridas, portanto, é necessário um enxerto de pele para substituir as células danificadas da pele.
Um dos principais desafios está relacionado à viabilidade do enxerto. Ou seja, para que o transplante seja bem-sucedido, é importante que a área receptora esteja livre de infecções e em condições adequadas para receber o novo tecido.
O processo de cicatrização pode ser afetado por diversos fatores como a profundidade da queimadura, a extensão da área afetada e a presença de infecções ou inflamações.
Além disso, pacientes com grandes áreas queimadas muitas vezes enfrentam dificuldades relacionadas à quantidade de pele disponível para o enxerto, o que pode exigir vários procedimentos ou o uso de enxertos artificiais.
Outro ponto desafiador é o cuidado pós-operatório. O sucesso do enxerto depende diretamente de um acompanhamento minucioso, que envolve evitar traumas na área enxertada, prevenir infecções e garantir que o paciente siga um plano rigoroso de reabilitação. A rejeição do enxerto também pode ocorrer, principalmente quando não há uma vascularização adequada na área receptora.
Apesar dos desafios, o enxerto cutâneo oferece inúmeros benefícios. Para pacientes que sofreram queimaduras graves, o enxerto pode ajudar a diminuir a perda de fluidos, prevenir infecções e acelerar o processo de cicatrização.
Além disso, ao promover a regeneração da pele, o enxerto ajuda a restaurar a função protetora da epiderme, reduzindo o risco de complicações secundárias, como infecções sistêmicas.
Outro benefício importante é a melhora estética e funcional. Embora as cicatrizes sejam inevitáveis, o uso de enxertos cutâneos pode minimizar as deformidades e permitir uma recuperação mais rápida das funções motoras, especialmente em áreas como mãos, braços e rosto.
Esse processo impacta diretamente na qualidade de vida do paciente, promovendo uma reintegração social e emocional mais rápida.
Nesse conteúdo listamos alguns remédios caseiros e cuidados importantes ao tratar queimaduras em casa.
Cuidados Pós-Enxerto
Para a boa recuperação das áreas doadoras e receptoras, é muito importante manter cuidados específicos no pós-operatório. Na área receptora, para que o enxerto possa se fixar e receber nutrientes, é essencial manter a região operada imóvel e protegida.
Já a área doadora precisa de atenção para evitar infecções e auxiliar na cicatrização. Nesses casos, são utilizados curativos não aderentes e que promovem a cicatrização da pele, como é o caso da Membrana Regeneradora Porosa Membracel.
Outras orientações gerais dão suporte para a boa cicatrização, como não fumar, manter o organismo hidratado e ingerir alimentos saudáveis e ricos em nutrientes.
Como a Membracel auxilia no tratamento?
O uso da Membrana Regeneradora PorosaMembracel na área doadora de pele estimula a cicatrização, pois mantém a umidade ideal na lesão e estimula a formação de novos vasos sanguíneos (neoangiogênese). Além disso, a presença de poros na membrana possibilita as trocas gasosas. Esses fatores somados colaboram para a formação do tecido de granulação e epitelização celular, resultando na cicatrização da pele. Nós temos um conteúdo explicando todas as fases de cicatrização da pele.
A membrana também protege as terminações nervosas, diminuindo significativamente a dor logo após a aplicação.
A Membracel não necessita de trocas diárias. Isso significa mais conforto para o paciente, que não passa por curativos frequentes, e diminuição dos custos, já que uma única membrana pode permanecer na lesão por até 7 dias. Em feridas superficiais, como é o caso de áreas doadoras de enxerto cutâneo, a Membracel auxilia para que a região seja cicatrizada, em média, entre 7 e 10 dias. Ou seja, em muitos casos, uma única membrana é suficiente para a reepitelização total da região.
Já a utilização da Membracel em áreas receptoras depende do tipo de enxerto realizado. Nos casos em que há orientação médica, a Membracel auxilia na fixação da pele enxertada, pois evita que o curativo secundário (gaze) grude, diminuindo a necessidade de manipular a região e, assim, minimizando os riscos de infecção.
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Antonio Rangel
Antônio Rangel
Enfermeiro Especialista Estomaterapia e Podiatria Clinica e saúde da Família |
Graduado em enfermagem pela PUC-PR |
Pós-graduado em Estomaterapia (feridas, incontinência e estigmas) pela PUC-PR |
Pós-graduado em Podiatria Clínica pela UNIFESP |
Pós-graduado em Saúde Coletiva pela UFPR |
Pós-graduado em Saúde da Família pela Faculdade Evangélica pela PR |
Enfermeiro Assessor Técnico da Vuelo Pharma até 2023 |
Professor convidado do curso de Estomaterapia da PUC-PR |
Enfermeiro referência para tratamento de feridas e pé diabético da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba