O que é um abscesso?
Ao contrair uma infecção bacteriana, frequentemente causada pelo Staphylococcus aureus, o sistema imunológico do seu corpo entra em ação para combater a infecção.
Os glóbulos brancos se direcionam para a região afetada a fim de combater os microrganismos, acumulando-se no tecido danificado, o que provoca inflamação e inchaço.
Quando a área inflamada acumula pus, composto por glóbulos brancos vivos e mortos, tecido, germes e líquido, forma-se um abscesso.
Tipos de abscessos mais comuns
Os abcessos cutâneos são comuns e podem aparecer em diversas partes do corpo:
1. Abscesso nas axilas
O abscesso nas axilas, normalmente é resultado de pequenas lesões ou foliculite (inflamação dos folículos capilares), mas também pode surgir devido à hidradenite supurativa, uma infecção das glândulas sudoríparas, tornando a pele da axila vermelha e sensível. Esses abscessos podem drenar espontaneamente, mas alguns exigem drenagem cirúrgica.
2. Abscesso mamário
Quanto ao abscesso mamário, é comum em mulheres que estão amamentando e ocorre devido a uma infecção bacteriana não tratada, necessitando da remoção do pus e antibioticoterapia.
3. Abscesso perianal
Já o abscesso perianal é um tipo de abscesso anorretal que afeta a pele ao redor do ânus, geralmente devido a uma infecção bacteriana em uma glândula do ânus ou reto. Em muitos casos, é necessário um procedimento médico para drenar o pus.
4. Abscesso hepático
O abscesso hepático ocorre no fígado e pode se manifestar na forma de um ou mais abscessos. Além disso, pode ser desencadeado por diversos microrganismos, incluindo bactérias e fungos, que se espalham pela corrente sanguínea ou resultam de infecções na região abdominal, como apendicite, doenças relacionadas ao sistema biliar ou pileflebite.
Sintomas de um abscesso
Um abscesso cutâneo aparece como uma protuberância cheia de pus e pode causar sintomas como dor, inchaço, vermelhidão, aumento da temperatura no local, febre e calafrios.
Se você notar qualquer um desses sintomas, especialmente se o abscesso não estiver melhorando ou aumentando de tamanho, é importante buscar atendimento médico.
Diagnóstico e quando procurar um médico
O diagnóstico de um abscesso é feito por meio de um exame físico simples. Em casos mais graves, o médico pode solicitar exames de imagem, como ultrassom ou tomografia, para determinar a profundidade da infecção.
É importante procurar um médico se apresentar os seguintes sintomas:
- O abscesso for maior do que 1 cm de diâmetro;
- A ferida continua a aumentar com o tempo ou se torna mais dolorosa;
- Houver febre (37,8°C ou superior) associada;
- O abscesso estiver localizado em áreas sensíveis, como ao redor do ânus ou virilha;
- A infecção estiver se espalhando, com vermelhidão ou estrias que se afastam da área afetada.
Tratamento de abscesso: drenagem e medicamentos
Para abscessos pequenos, aplicar compressas quentes na região afetada várias vezes ao dia pode facilitar a drenagem ou fazer com que o abscesso simplesmente diminua, seque e desapareça espontaneamente, sem necessidade de tratamento.
A abordagem mais comum para abscessosé a drenagem cirúrgica, que deve ser realizada por um médico cirurgião. Esse procedimento é feito com anestesia local e consiste em um corte no abscesso para permitir a saída do pus.
Em certos casos, especialmente em infecções graves ou abscessos que ocorrem repetidamente, pode ser necessário o uso de antibióticos após a drenagem.
Além disso, após a drenagem, a utilização de curativos especiais é essencial para garantir uma cicatrização adequada. Um tratamento complementar que pode ajudar na recuperação de abscessos cutâneos é o uso da Membrana Regeneradora Porosa Membracel, uma membrana regeneradora que acelera a cicatrização, prevenindo infecções secundárias e facilitando o fechamento da ferida.
É importante ressaltar que tentar espremer o pus de um abscesso não é recomendado, isso pode facilmente espalhar a bactéria para outras áreas da pele.
Cuidados pós-tratamento e prevenção de abscessos
Após o tratamento de um abscesso, é importante seguir as orientações fornecidas pelo médico para garantir uma recuperação completa.
Isso inclui manter a área afetada limpa e seca, trocar os curativos de forma regular, continuar com a administração dos antibióticos e observar qualquer sinal de complicações, como febre persistente ou aumento da dor.
Para evitar a formação de abscessos, é essencial adotar boas práticas de higiene, como lavar as mãos com frequência e cuidar adequadamente de feridas e cortes.
Além disso, manter a saúde em boas condições, como controlar o diabetes e outras doenças crônicas, pode ajudar a diminuir o risco de infecções que podem resultar na formação de abscessos.
Abscessos recorrentes e condições subjacentes
Se você sofre de abscessos recorrentes, isso pode ser um sinal de condições subjacentes, como diabetes, doenças autoimunes ou imunodeficiências – mau funcionamento do sistema imunológico.
Nestes casos, é importante consultar um médico para investigar a causa e receber o tratamento adequado. Abscessos frequentes podem indicar que o sistema imunológico não está funcionando corretamente, ou que existe uma fonte contínua de infecção.
Agora que você já sabe tudo sobre abscesso, saiba quais são os principais tipos de feridas de pele.
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária