Embora sejam termos parecidos, dermatite e dermatose são coisas diferentes e que, muitas vezes, acabam causando confusão em muita gente. Dermatite é uma inflamação na pele, enquanto dermatose é qualquer doença ou manifestação da pele.
Entenda as diferenças entra essas doenças e quais as características de cada uma.
O que é dermatose?
O termo “dermatose” refere-se ao conjunto de doenças de pele caracterizadas por manifestações alérgicas, como bolhas, escamações e coceira. É um termo mais amplo, utilizado para designar diversos tipos de doenças.
Exemplos de dermatoses:
- Psoríase
- Eczema
- Acne
- Urticária
- Epidermólise Bolhosa
Os principais sintomas são surgimento de pequenas manchas marrons ou pretas na pele (geralmente no pescoço ou no rosto); surgimento de lesões, sendo que, em alguns casos, as lesões podem vir acompanhadas de coceira. Outros sintomas são: bolhas, formação de crosta, vermelhidão e rachaduras na pele.
Para diminuir a frequência das crises é preciso identificar a causa do problema e evitá-la. Outras medidas que podem ajudar são: hidratar a pele com frequência, evitar transpiração excessiva, tomar banho em água morna, reduzir situações de estresse, usar luvas de algodão para trabalhos domésticos e evitar roupas de tecidos sintéticos.
Suspender alimentos gordurosos, carnes, ovos e derivados do leite também pode amenizar os sintomas. Em contrapartida, é importante manter uma dieta rica em frutas e verduras, beber bastante água e fazer exercícios físicos.
O que é dermatite?
Também conhecida como “dermite”, as dermatites são inflamações na pele. Os sintomas são vermelhidão, coceira, descamação da pele e bolhas. O paciente pode, ainda, se queixar de sensação de ardência ou queimação na região afetada.
As dermatites podem ser de contato, atópicas, seborreicas, alérgicas e herpetiformes.
Podem ser causadas por inúmeros motivos, como alergias, fatores genéticos, banhos quentes e contato com tecidos sintéticos. Também podem ser desencadeadas por agentes externos, como:
- Plantas;
- Metais, como o níquel (comum em bijuterias, relógios, peças de roupas e calçados);
- Medicamentos tópicos, como antibióticos, anestésicos e antifúngicos;
- Cosméticos (perfumes, shampoos, condicionadores, cremes hidratantes e esmaltes de unha);
- Detergentes, solventes e outros produtos de limpeza;
- Adesivos;
- Cimento, graxas, óleos e tinta de parede.
Os sintomas da dermatite podem ser incômodos a ponto de atrapalhar na execução de atividades do dia a dia. É importante procurar ajuda médica para que o tipo de dermatite seja diagnosticado corretamente e para que a escolha do tratamento seja adequada, evitando o agravamento da situação.
Conheça os 6 principais tipos de dermatite.
Dermatite é uma reação alérgica do organismo – Foto: Freepik
Tratamento
Como dermatites e dermatoses podem ser confundidas, é imprescindível procurar um médico já aos primeiros sinais de alterações na pele. Apenas o médico poder indicar o tratamento correto, que pode variar de acordo com a extensão e a gravidade do quadro. As medidas podem ser locais (tópicas) ou, então, incluírem medicação oral ou até injetável.
O tratamento de dermatoses varia de acordo com o diagnóstico, realizado por meio de exames e análise do histórico do paciente. O tratamento mais comum é feito através de antibióticos.
Da mesma forma, quando se trata de dermatites é preciso identificar a causa da inflamação. Um dos primeiros passos é higienizar o local afetado com água para remover qualquer vestígio do item que desencadeou a dermatite.
Além do afastamento do agente causador, pode ser necessária a utilização de medicamentos de uso tópico, como cremes ou pomadas com corticoide para diminuir a inflamação. Em alguns casos, pode ser indicada a utilização de imunomoduladores ou antialérgicos orais.
Existem inúmeros tratamentos disponíveis para dermatites e dermatoses. O acompanhamento com um especialista pode minimizar os sintomas e evitar complicações.
Prevenção
O principal ponto é identificar a origem do problema. Se for um agente irritante ou alergênico, este deve ser evitado imediatamente. Algumas outras dicas podem ajudar a evitar alterações na pele:
- Hidratação: a pele seca pode ser um fator desencadeante. Procure hidratar a pele diariamente após o banho;
- Use produtos hipoalergênicos;
- Lave as mãos após a exposição a substâncias que podem provocar irritação;
- Se o problema surgiu no ambiente de trabalho, é indicado o uso de equipamento de proteção, como uniforme, luvas e calçados adequados;
- Tome banhos mais curtos e menos quentes: use água morna ao invés de quente e diminua o tempo de banho para, no máximo, 10 minutos;
- Use produtos de limpeza e sabonetes neutros;
- Após o banho, seque-se com cuidado, utilizando uma toalha macia;
- Hidrate a pele diariamente após o banho.
Feridas de dermatite ou dermatose
Em casos mais graves, coceira e erupção cutânea podem causar feridas abertas. Para que as feridas não se agravem e corram o risco de serem infectadas, é importante tratar essas lesões adequadamente. A Membrana Regeneradora Porosa Membracel acelera a cicatrização da pele. Por conter poros, a membrana permite a drenagem do excesso e exsudato e favorece as trocas gasosas. Esses dois fatores são essenciais para o processo cicatricial.
Sempre procure ajuda médica
Não são apenas os termos que são fáceis de confundir. Muitas pessoas confundem as características e sintomas de dermatites e dermatoses.
As reações alérgicas podem ocorrer repentinamente ou meses após a exposição à determinada substância. Esses fatores podem dificultar ainda mais a descoberta do agente causador da irritação.
As dermatites exigem diagnósticos diferentes de dermatoses, que muitas vezes podem ser graves, como dermatoses contagiosas ou, até mesmo, oncológicas. Por isso, é imprescindível ter acompanhamento médico para que essa diferenciação seja feita corretamente.
Antonio Rangel
Antônio Rangel
Enfermeiro Especialista Estomaterapia e Podiatria Clinica e saúde da Família |
Graduado em enfermagem pela PUC-PR |
Pós-graduado em Estomaterapia (feridas, incontinência e estigmas) pela PUC-PR |
Pós-graduado em Podiatria Clínica pela UNIFESP |
Pós-graduado em Saúde Coletiva pela UFPR |
Pós-graduado em Saúde da Família pela Faculdade Evangélica pela PR |
Enfermeiro Assessor Técnico da Vuelo Pharma até 2023 |
Professor convidado do curso de Estomaterapia da PUC-PR |
Enfermeiro referência para tratamento de feridas e pé diabético da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba