A epidermólise bolhosa é uma doença genética rara que causa bolhas e lesões na pele em resposta aos menores atritos. A pele do portador é muito delicada e, por isso, precisa de cuidados especiais.
A Membracel tem mostrado excelentes resultados no tratamento das feridas que surgem por causa da doença. Mas é preciso prestar atenção em alguns detalhes para que a pele seja cicatrizada da forma mais rápida.
Alteração de cor da membrana: em alguns casos, pode ocorrer da Membracel adquirir uma cor amarelada. Não se assuste! Essa alteração faz parte do processo de cicatrização. É uma característica da membrana mudar de cor quando em contato com a parte úmida da ferida (exsudato). Caso a coloração seja de tom esverdeado, retire a membrana e observe como está a lesão. É possível encontrar uma ferida limpa e já em processo de cicatrização. Entretanto, recomenda-se a limpeza rigorosa da lesão e a aplicação de uma nova membrana.
Não retire a Membracel seca: após a aplicação, a membrana adere a lesão para que o tratamento seja iniciado. Nunca, em hipótese alguma, tente retirar a membrana sem umedecê-la. Se houver necessidade de retirar a Membracel (caso esteja rasgada, se soltando ou até mesmo se a lesão estiver contaminada) molhe bem a membrana com soro fisiológico para que ela se solte facilmente. Cuidado! Forçar a saída da membrana poderá machucar a pele, fazendo com que a lesão volte à fase inicial.
Tempo de permanência: em lesões superficiais, a Membracel pode permanecer até 10 dias no local. Ou seja, nesse caso, para a cicatrização total da pele, uma única membrana é suficiente. Basta fazer a limpeza (sem retirar a membrana) e secá-la. Conforme a pele for cicatrizando, a Membracel se soltará naturalmente. Em lesões mais complexas e profundas, o tempo máximo de permanência da Membrana é de 7 dias. Se nesse período não ocorrer a cicatrização da pele, umedeça bem a membrana até que ela se solte. Retire-a, limpe a lesão e aplique uma nova membrana.
Apare as pontas: após aplicar a Membracel, apare as pontas que ficaram para fora da área da lesão e, portanto, não estão aderidas na pele. Isso evita que a membrana seja puxada acidentalmente (ao retirar a roupa, por exemplo). Conforme a pele for cicatrizando, a membrana começará a se soltar naturalmente. Continue aparando as pontinhas soltas para evitar que a membrana seja arrancada.
Curativos de silicone: algumas regiões são mais propensas a traumas e, por isso, utilizar curativos de silicone pode evitar novas lesões. Não existe contra indicações para a associação da Membracel com curativos de silicone. Aplique a membrana conforme as indicações acima e utilize o silicone como curativo secundário.
Quer entender mais sobre a epidermólise bolhosa? Acesse esse link.
Antonio Rangel
Antônio Rangel
Enfermeiro Especialista Estomaterapia e Podiatria Clinica e saúde da Família |
Graduado em enfermagem pela PUC-PR |
Pós-graduado em Estomaterapia (feridas, incontinência e estigmas) pela PUC-PR |
Pós-graduado em Podiatria Clínica pela UNIFESP |
Pós-graduado em Saúde Coletiva pela UFPR |
Pós-graduado em Saúde da Família pela Faculdade Evangélica pela PR |
Enfermeiro Assessor Técnico da Vuelo Pharma até 2023 |
Professor convidado do curso de Estomaterapia da PUC-PR |
Enfermeiro referência para tratamento de feridas e pé diabético da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba