Com a pandemia de coronavírus, muitos cuidados têm sido necessários para prevenir a propagação do vírus, dentre eles usar álcool gel 70% sempre que estiver fora de casa.
Esse tipo de álcool age como antisséptico, inibindo a proliferação de microrganismos. O que talvez você não saiba é que usar o álcool em excesso pode ressecar as mãos, causar vermelhidão, inflamação e, inclusive, alergias e dermatites.
Embora o álcool em gel não tenha contraindicações, o uso constante exige alguns outros cuidados, como hidratação da pele. Profissionais de saúde e pessoas que tem contato frequente com o produto devem reforçar ainda mais os cuidados.
Água e sabão x álcool em gel
O álcool em gel deve ser utilizado para higienizar as mãos quando não é possível lavá-las com água e sabão. Como o uso excessivo pode causar ressecamento, o ideal é intensificar o uso de hidratantes. Mas cuidado! É preciso esperar o produto evaporar para, então, aplicar o hidratante na pele.
Quando estiver em casa, dê preferência para lavar as mãos com água e sabão.
Veja as recomendações da OMS para higienização das mãos.
Como evitar ressecamento por álcool em gel?
Evite aplicar grandes quantidades do produto nas mãos para que o álcool não fique acumulado sob anéis e pulseiras. Uma boa opção são os produtos em forma de creme ou com glicerina em sua fórmula.
Para as pessoas que já tem a pele mais sensível, o ideal é optar pelo álcool sem cor e sem perfume.
Qual hidratante usar?
Dê preferência para os cremes hidratantes cuja fórmula contenha ingredientes indicador para hidratação, como glicerina, ácido hialurônico, óleo de uva e extrato de aveia.
Quando usar o hidratante?
O creme hidratante deve ser aplicado apenas após o álcool em gel evaporar por completo.
Manter a boa hidratação da pele não é apenas uma questão estética, é um quesito de saúde também. O ressecamento pode levar a situações mais graves, como envelhecimento precoce, descamação, irritações e infecções.
É importante manter a camada de proteção cutânea íntegra para evitar esses problemas.
Veja também como cuidar da pele de pessoas internadas.
Antonio Rangel
Antônio Rangel
Enfermeiro Especialista Estomaterapia e Podiatria Clinica e saúde da Família |
Graduado em enfermagem pela PUC-PR |
Pós-graduado em Estomaterapia (feridas, incontinência e estigmas) pela PUC-PR |
Pós-graduado em Podiatria Clínica pela UNIFESP |
Pós-graduado em Saúde Coletiva pela UFPR |
Pós-graduado em Saúde da Família pela Faculdade Evangélica pela PR |
Enfermeiro Assessor Técnico da Vuelo Pharma até 2023 |
Professor convidado do curso de Estomaterapia da PUC-PR |
Enfermeiro referência para tratamento de feridas e pé diabético da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba