O que é crioterapia?
A criocirurgia, também conhecida como crioterapia, é uma técnica terapêutica que utiliza temperaturas extremamente baixas para tratar lesões cutâneas, sendo o nitrogênio líquido (NL), a principal substância utilizada.
O nitrogênio líquido a -196°C provoca o congelamento das lesões e reduz sua temperatura para muito abaixo de zero, levando à destruição do tecido doente.
A aplicação é feita de duas formas: por meio de um spray que borrifa um jato de nitrogênio líquido diretamente na lesão ou por meio do congelamento de ponteiras encostadas no local a ser tratado.
Quando a crioterapia é indicada?
A crioterapia é indicada para o tratamento das seguintes condições:
- Lesões malignas pequenas, como câncer de pele superficial;
- Lesões pré-malignas, como ceratoses actínicas;
- Manchas de sol ou melanoses;
- Manchas senis;
- Lesões benignas, como ceratoses seborreicas;
- Diminuição de cicatrizes hipertróficas;
- Verrugas virais, verrugas filiformes e verrugas planas;
- Queimaduras superficiais;
- Queloides.
Crioterapia no tratamento de lesões na pele – Foto: Divulgação
A indicação de qualquer tratamento das condições acima mencionadas deve ser realizada por um médico dermatologista certificado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Como é feito o procedimento da crioterapia?
Antes de iniciar o procedimento, a região onde a lesão está localizada, é submetida a um processo de assepsia para eliminação de bactérias.
Após a limpeza da pele, o dermatologista inicia o procedimento de crioterapia utilizando nitrogênio líquido, que é retirado de um tonel e armazenado em um recipiente hermeticamente fechado.
O nitrogênio líquido é aplicado na área da lesão com o auxílio de uma ponteira. Ao pressionar a ponteira, o componente tem contato com o local da lesão e promove uma reação instantânea de congelamento, deixando a pele esbranquiçada.
Os efeitos ocorrem após 10 ou 15 dias da aplicação com o surgimento de uma crosta, semelhante ao de um ferimento e assim começa o processo de cicatrização.
É importante que o paciente não faça a remoção dessa crosta, pois, é após a sua eliminação de forma natural que será possível realizar a análise do resultado.
Quando a crioterapia não é indicada?
O tratamento da crioterapia não deve ser realizado em pessoas com:
- Ferimentos ou doenças na pele, como psoríase, pois o frio excessivo pode irritar ainda mais a pele e prejudicar a cicatrização;
- Má circulação sanguínea, como insuficiência arterial ou venosa, pois esse procedimento diminui a circulação do corpo no local onde está sendo aplicada, e isso pode ser prejudicial em quem já tem uma circulação prejudicada;
- Doença imunológica associada ao frio, como doença de Raynaud, crioglobulinemia ou até alergias, pois o gelo pode desencadear crises;
- Situação de desmaio ou coma ou com algum tipo de retardo da compreensão, já que estas pessoas podem não saber informar quando o frio está muito intenso ou causando dor.
A crioterapia é segura?
A crioterapia é considerada segura quando conduzida por profissionais licenciados em um ambiente controlado. Mas como qualquer tratamento médico, existem riscos potenciais e efeitos colaterais.
A exposição excessiva ao frio extremo pode levar a queimaduras de frio ou manchas de difícil remoção posteriormente, principalmente se o tratamento for aplicado por muito tempo ou de forma inadequada.
Cuidados após a crioterapia:
Como a criocirurgia com nitrogênio líquido causa a morte do tecido, ele pode apresentar um certo endurecimento e ressecamento nos primeiros dias após o procedimento. Os cuidados com a pele após a crioterapia incluem:
- Não arrancar a “casca” que se forma na pele após o procedimento, pois a remoção pode manchar a pele ou causar uma nova lesão;
- Por até duas horas após a aplicação do spray, é indicado evitar tomar banho; uma vez que é o tempo que o efeito do produto atua sobre a pele;
- Duas horas após a crioterapia, é recomendado não praticar atividades físicas;
- Realizar a limpeza da pele diariamente, com água e sabão neutro, até a recuperação completa;
- Não utilizar produtos cosméticos na região tratada sem consultar o dermatologista;
- Usar protetor solar sempre que sair de casa e reaplicar a cada quatro horas, pois a exposição ao sol pode causar manchas na pele.
Recuperação:
Após a crioterapia, é comum que os pacientes apresentem sintomas como inchaço, vermelhidão e formação de crostas na região tratada.
A maioria dos sintomas desaparece dentro de alguns dias a uma semana, à medida que o tecido congelado é reabsorvido pelo organismo.
Dependendo do local do tratamento, os pacientes podem ser aconselhados a evitar a exposição ao sol e certas atividades por um curto período.
Em casos de dor intensa, sangramento ou infecção, é importante procurar o médico responsável pelo procedimento.
Uso da Membracel no tratamento de queimaduras por crioterapia
Nos casos em que a crioterapia causa queimaduras na pele ou lesões pelo frio, a Membracel pode ser uma solução eficaz para a cicatrização de feridas.
A Membracel pode ser utilizada em queimaduras de 2º grau– Foto: Vuelo Pharma
A Membracel é uma membrana de celulose que acelera a cicatrização de lesões cutâneas, mantendo um ambiente úmido da ferida e promovendo a regeneração natural dos tecidos.
A capacidade da Membracel de aderir à pele e proteger a ferida da contaminação externa a torna uma opção ideal para o tratamento de queimaduras causadas pela aplicação inadequada da crioterapia.
Além disso, garante uma cicatrização mais rápida com cicatrizes mínimas e auxilia o processo natural de cicatrização, criando condições ideais para a recuperação da pele.
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Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária
