A psoríase é uma doença inflamatória de pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. Além disso, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente.
É comum que a psoríase apresente lesões avermelhadas e escamosas na pele, principalmente nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a psoríase atinge cerca de 5 milhões de pessoas no Brasil. A doença pode surgir em qualquer idade, mas geralmente, pode começar entre os 30 e 70 anos.
A psoríase não tem cura, mas tem tratamento, proporcionando assim melhor qualidade de vida a quem convive com ela.
O que pode causar a psoríase?
Além de ser considerada uma doença de pele, a psoríase também é uma patologia multifatorial, com influência de diversos fatores genéticos, ambientais e autoimunes.
A causa da psoríase ainda é pouco conhecida, mas além da predisposição genética, existem outros fatores desencadeantes que podem levar ao início da doença ou aumentar os sintomas, como:
- Tabagismo (ser fumante);
- Obesidade (excesso de peso);
- Alcoolismo;
- Estresse físico e emocional;
- Infecções bacterianas (bactérias) ou víricas (vírus);
- Uso de determinados medicamentos;
- Gravidez;
- Traumatismos.
Sintomas da psoríase
Os sintomas da psoríase podem variar de paciente para paciente, conforme o tipo da doença, mas podem incluir:
- Áreas de dor: costas ou nas articulações;
- Na pele: erupções, descamação, descascamento, pele grossa, ferroada, irritação, manchas, pequenas saliências, secura ou vermelhidão;
- Nas articulações: rigidez ou sensibilidade;
- Também é comum: lesão, coceira, dedos das mãos ou dos pés inflamados, depressão, fadiga, manchas avermelhadas sob as unhas ocasionadas por sangramento, pequenas depressões nas unhas, tendões inflamados ou desprendimento da unha do leito ungueal.
A psoríase pode deixar a pele excessivamente ressecada, podendo se rachar e até sangrar. (Foto: Freepik)
Tipos de psoríase
Existem vários subtipos de psoríase e essas variações dependem da localização e das características das lesões:
- Psoríase vulgar: lesões avermelhadas, com escamas secas, prateadas ou acinzentadas, comum no couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
- Psoríase pustulosa: lesões com pus que surgem nos pés e nas mãos;
- Psoríase invertida: lesões úmidas que costumam aparecer em áreas de dobras, mas também é comum surgir no couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
- Psoríase eritrodérmica: lesões generalizadas que podem aparecer em 75% ou mais da área corpórea;
- Psoríase palmo-plantar: lesões que surgem como fissuras (rachaduras ou cortes superficiais na pele), nas palmas das mãos e solas dos pés;
- Psoríase artropática: é um tipo de artrite inflamatória, apresenta dor, rigidez e inchaço nas articulações, podendo surgir de repente e, depois, diminuir;
- Psoríase gutata: lesões avermelhadas em forma de gotas que surgem no tronco, braços e coxas;
- Psoríase ungueal: lesões amareladas que costumam aparecer nas unhas das mãos.
Como diagnosticar a psoríase?
O diagnóstico da psoríase é clínico. Um exame feito por um dermatologista que analisa os sinais e sintomas manifestados na pele que podem ser facilmente identificados.
Além disso, a psoríase não é uma doença contagiosa, portanto, o contato com pacientes não precisa ser evitado. Dependendo do caso, pode ser necessário realizar uma biópsia da pele para chegar ao diagnóstico final.
Como tratar a psoríase?
A psoríase é uma doença da pele que não tem cura, mas existem diversos tratamentos que que permitem controlar a doença e devolver a qualidade de vida para o paciente.
Os tratamentos podem ser por meio do uso de cremes ou pomadas anti-inflamatórias aplicados diretamente na pele, assim como o uso de medicamentos orais ou a fototerapia, que é a exposição das áreas afetadas da pele à luz ultravioleta (UV).
Outros fatores que favorecem a melhora e até o desaparecimento dos sintomas são: manter uma alimentação equilibrada, controle do peso e a prática regular de atividades físicas.
Atenção! Caso perceba qualquer um dos sintomas, procure o dermatologista imediatamente para conduzir o diagnóstico e o tratamento correto da doença.
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária