A dermatite periestoma é a causa mais comum de perda da integridade da pele em pessoas ostomizadas. Na maioria dos casos, pode ser causada pelo contato com as eliminações (fezes ou urina) na pele periestomal, levando a vermelhidão e, em casos mais graves, ulcerações.
Quais os sinais de alerta da dermatite periestoma? As alterações dermatológicas mais comuns na dermatite periestoma são:
- Desconforto, vermelhidão, irritação, coceira, dor ao redor do estoma;
- Mudanças anormal na cor da pele
- Vazamento recorrente sob a bolsa ou barreira da pele;
- Sangramento excessivo do estoma;
- Verrugas parecidas com espinhas ou bolhas sob a pele;
- Qualquer tipo de feridas ou arranhões na pele periestomal de cor vermelha, ou vermelha e inchada.
Classificação
A dermatite periestomia pode ser classificada como irritativa (causada por eliminações), alérgica (relacionada à placa adesiva) e por trauma mecânico (resultante de práticas de cuidado inadequadas).
Dermatite irritativa: acontece quando o fluido intestinal ou urinário fica em contato constante com a pele periestomia, causando vermelhidão, dor e umidade na pele;
Dermatite alérgica: ocorre pelo uso de produtos contínuos e/ou inadequados, no cuidado com as estomias, causando vermelhidão, coceira e lesão na região;
Dermatite por trauma mecânico: está associada a causas como remoção abrupta do adesivo e barreira, limpeza exagerada da pele e troca frequente da bolsa de ostomia.
Quais os cuidados com a pele periestoma?
Alguns cuidados específicos com a região são essenciais para manter a pele periestoma saudável:
- A limpeza da pele ao redor do estoma deve ser feita com água corrente e sabão, sem utilizar esponja. Usar apenas a espuma do sabonete;
- Os pelos ao redor do estoma devem ser aparados com uma tesoura para não provocar inflamação;
- Tome sol da manhã (até as 10h) por 15 minutos todos os dias, mas lembre-se de proteger o estoma com uma gaze umedecida;
- Evite o uso de álcool, mercúrio, tintura de benjoim, benzina, pomadas, sabonetes e produtos de limpeza com óleos, perfumes ou desodorizantes, pois podem irritar a pele e/ou impedir adesão das bolsas coletoras;
- Antes de colar a nova placa, assegure-se de que a pele está limpa e seca e, então, aplique uma camada uniforme do Spray de Barreira Vuelo. Ele protegerá a pele de infiltrações e da cola da placa, por até 72 horas.
Cuidados com a bolsa de ostomia:
- Use sempre a bolsa adequada de acordo com o seu tipo de estoma, conforme as orientações do estomaterapeuta;
- Certifique-se que o tamanho e formato que foi recortado na placa esteja devidamente correto, ou seja, a abertura da placa deve ser igual ao tamanho de seu estoma;
- Armazene suas bolsas de ostomia em um ambiente arejado, limpo e seco, sem alcance de luz solar.
Nesse conteúdo listamos algumas dicas que vão te ajudar durante o período de adaptação com a bolsinha.
Quando esvaziar a bolsa coletora?
É necessário esvaziar o coletor várias vezes ao dia, idealmente quando o conteúdo armazenado atinja 1/3 da capacidade total. Essa atitude evita que a bolsa fique pesada e descole da pele.
Quando trocar?
A coloração da placa protetora (resina sintética) é amarela. Uma boa dica é trocar a bolsa quando a placa estiver quase completamente branca (o chamado ponto de saturação).
É importante também destacar que, ao menor sinal de coceira ou desconforto na pele periestoma, faça a limpeza da região e troque a bolsa por uma nova.
Após o esvaziamento, a limpeza ou a troca da bolsa, insira as cápsulas do Gelificador da Vuelo no interior da bolsa de estomia. Ao entrar em contato com as eliminações, as cápsulas irão se dissolver, gelificando e aromatizando os líquidos presentes no interior da bolsa.
As cápsulas do Gelificador possuem óleo essencial de lavanda, que deixam o ostomizado mais seguro para esvaziar a bolsinha em qualquer lugar, mesmo em banheiros de uso coletivo.
Ficou com alguma dúvida sobre a dermatite periestomal? Compartilhe nos comentários para que possamos ajudar!
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária