Tabagismo é um tema bastante abordado há bastante tempo, mas hoje, Dia Nacional de Combate ao Fumo, é o dia de reforçar ainda mais sobre os danos causados pelo cigarro.
Como o cigarro atrapalha a cicatrização de feridas?
Segundo a Agência Brasil, o tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil, evidenciando ainda mais os riscos associados a esse hábito.
Mas você sabia que fumar também dificulta a cicatrização da pele? Isso acontece porque o efeito da nicotina – substância química viciante encontrada no tabaco, reduz a vascularização da pele.
O paciente fumante tem o diâmetro dos pequenos vasos reduzido, o que dificulta a oxigenação e distribuição de nutrientes necessários para o local da ferida. Ou seja, a pele perde vitalidade e envelhece precocemente. Isso faz com que a epitelização fique comprometida, podendo até causar cicatrizes irreversíveis.
Complicações associadas ao uso do cigarro em cirurgias
O tabagismo não causa só o câncer de pulmão, mas também à destruição dos dentes, lesões de orofaringe, enfisema (doença pulmonar obstrutiva crônica), hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame.
Fumar enfraquece o sistema imunológico do paciente e pode atrasar a cicatrização, aumentando o risco de infecção no local da ferida. Entre os principais problemas observados estão a necrose tecidual, onde as células morrem devido à falta de oxigenação, e a deiscência de sutura, que é o rompimento dos pontos cirúrgicos.
Em cirurgias estéticas, como abdominoplastia e cirurgias plásticas faciais, o uso do cigarro pode comprometer gravemente os resultados, já que os tecidos, com menor vascularização, têm dificuldades para cicatrizar corretamente. Isso pode levar a falhas no procedimento e a necessidade de correções posteriores.
Impacto do cigarro em diferentes tipos de cicatrização
A cicatrização em fumantes é consideravelmente mais lenta em comparação com não fumantes. Feridas abertas, cirúrgicas e queimaduras são fortemente impactadas pela vasoconstrição e pela redução do fluxo sanguíneo.
Em feridas abertas, por exemplo, a regeneração do tecido é mais lenta, aumentando o risco de infecções. Já nas feridas cirúrgicas, o comprometimento da cicatrização pode resultar em cicatrizes hipertróficas ou queloides, além de um tempo de recuperação mais demorado.
Pacientes fumantes apresentam uma maior fragilidade nas cicatrizes, tornando-as mais suscetíveis a complicações, como úlceras ou rompimentos durante o processo de cicatrização.
Nesse conteúdo, fizemos uma lista dos principais mitos e verdades que rodeiam nossa cabeça quando o assunto é tratamentos de feridas.
Benefícios de parar de fumar antes de uma cirurgia ou tratamento de feridas
Parar de fumar é uma das melhores estratégias de melhorar os resultados em cirurgias e tratamentos de feridas.
Segundo o Ministério de Saúde, interromper o hábito do fumo pelo menos 4 a 8 semanas antes de uma cirurgia, pode melhorar a respiração e a circulação sanguínea, ajudando na cicatrização e reduzindo o risco de complicações.
O organismo recupera parte de sua capacidade de oxigenação e regeneração tecidual, garantindo melhores resultados pós-operatórios e acelerando o processo de recuperação.
Além disso, a cessação do tabagismo antes da cirurgia promove uma melhor formação de colágeno, reduzindo as chances de necrose e cicatrizes.
Cicatrização de queimaduras e o papel do cigarro
Queimaduras são feridas que exigem muito do corpo para cicatrizar, e o cigarro pode tornar esse processo ainda mais difícil. Fumantes que sofrem queimaduras enfrentam maior risco de infecções, além de um tempo de cicatrização mais lento.
Como o cigarro afeta a circulação e o fornecimento de oxigênio, o tecido da queimadura demora mais a se regenerar, deixando a pele mais suscetível a complicações.
Nesse caso, o uso de curativos como a Membracel, que ajuda na cicatrização e protege a ferida, pode ser uma ótima opção para compensar os danos causados pelo fumo. A membrana cria uma barreira protetora que ajuda a prevenir infecções e acelera o processo de cicatrização.
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Estratégias para acelerar a cicatrização em fumantes
Pacientes fumantes que não conseguem interromper o hábito durante o processo de cicatrização devem adotar algumas estratégias para acelerar a recuperação tecidual.
Suplementar a alimentação com vitamina C, por exemplo, é uma ótima maneira de ajudar na produção de colágeno, essencial para a cicatrização. Também é importante usar produtos tópicos cicatrizantes que estimulem a regeneração da pele e possam proteger a ferida.
Além disso, tecnologias avançadas como a Membracel podem ser utilizadas para acelerar a recuperação. A membrana ajuda a proteger a área da ferida e criar um ambiente propício para a regeneração do tecido, compensando os efeitos negativos do tabagismo.
Agora que você já sabe os efeitos negativos do cigarro na cicatrização, conheça os 6 alimentos que ajudam na cicatrização.