*Antonio Rangel
Eles estão nos postos de saúde, hospitais, clínicas, consultórios e até nas casas dos pacientes. Onde a saúde é prioridade é possível encontrar um profissional da enfermagem. Com um papel essencial nas equipes de saúde, o enfermeiro já não é mais visto como um coadjuvante. Sua atuação inclui a prevenção, conscientização, manutenção e restauração da saúde.
O enfermeiro tem sido mais valorizado pela sociedade e por outros profissionais que, ao longo dos anos, vêm reconhecendo a importância e a qualidade do seu atendimento e o seu comprometimento com o paciente e com o serviço de saúde, assumindo cada vez mais novos papéis e conquistando mais autonomia na assistência de enfermagem e gerenciamento de saúde.
Seu papel é fundamental dentro da equipe multiprofissional, pois ele atua na prevenção, tratamento e reabilitação, atenta para o bem-estar físico e emocional do paciente e faz um elo entre paciente, família e demais profissionais da saúde. Isso é feito sempre de forma humanizada, fazendo com que o paciente, em um momento de fragilidade, possa sentir-se amparado e protegido.
Por estarem presentes em todas as etapas do cuidado com a saúde, conseguem desenvolver uma visão mais ampla do estado de um paciente. O conhecimento e a sensibilidade dos enfermeiros são essenciais para avaliar a evolução, melhora ou piora de um caso, auxiliando na melhor atuação dos outros profissionais da saúde – como médicos, nutricionistas e psicólogos – em um trabalho cada vez mais integrado.
Entre as dificuldades enfrentadas diariamente pelos profissionais destacam-se o grande número de atribuições diárias, a baixa remuneração, a falta de recursos humanos e de materiais e, por vezes, as condições de trabalho precárias.
Entretanto, o mercado de trabalho para o enfermeiro é promissor. Em razão de uma formação mais ampla e do maior reconhecimento da profissão, traz a possibilidade de trabalho em diversas áreas – tanto no gerenciamento quanto na assistência à saúde. A qualificação técnica e o conhecimento científico são cada vez mais exigidos desses profissionais. Novas oportunidades têm surgido para os enfermeiros nos segmentos de pesquisa, ensino, administração de equipes e projetos, além de funções em empresas e consultorias técnicas.
Os profissionais de enfermagem representam cerca de 60% dos trabalhadores da área da saúde. Mesmo assim, ainda existe a necessidade de mais enfermeiros no nosso país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um enfermeiro para cada 500 pessoas e, aqui, esse número é de 0,9% para cada mil habitantes. Portanto, para os próximos anos podemos esperar uma valorização ainda maior da profissão. Um dos grandes desafios atuais é seguir as tendências mundiais de mudanças de paradigmas nos cuidados primários à saúde, assumindo novos papéis interventivos na saúde pública preventiva, na assistência ao idoso e no atendimento e internamento domiciliar.
*Antonio Rangel é enfermeiro estomaterapeuta da Membracel