A dermatite atópica (DA), é uma doença crônica e inflamatória da pele que pode afetar pessoas de todas as idades, mas especialmente bebês e crianças entre os 3 meses e 2 anos de idade.
Conheça os 6 principais tipos de dermatites.
O que é dermatite atópica?
A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, é um dos tipos mais comuns de dermatite. A doença pode estar associada a outras doenças como asma, bronquite ou renite alérgica.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a dermatite atópica acomete 7% da população adulta e 25% das crianças do país.
Os locais do corpo que são afetados variam de acordo com a idade, sendo mais comum nas dobras dos braços, joelhos e pescoço.
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Dermatite atópica em bebê: por que acontece?
A dermatite atópica em bebês pode surgir na região da pele que fica em contato com a fralda, popularmente conhecida como assadura. Acontece devido ao contato da pele com substâncias irritantes como pomadas, cremes e até mesmo urina, fezes ou suor da própria criança.
A assadura em bebê pode aparecer com mais frequência nas nádegas, pernas e dobras, geralmente em regiões mais sensíveis da pele.
Além da dermatite na área de fralda, outras áreas do corpo podem ser atingidas com a dermatite atópica. Nesses casos, existem outros fatores que podem contribuir para o surgimento da dermatite atópica, são eles:
- Produtos químicos presentes na fralda;
- Tecidos ásperos;
- Pólen;
- Mudanças de temperaturas;
- Fumaça de cigarro;
- Pelos de animais;
- Mofo;
- Excesso de banhos;
- Poeira;
- Alergias alimentares;
- Suor;
- Infecções respiratórias.
Além disso, quando um dos pais tem uma condição atópica (asma, renite, alergia ou dermatite), a chance da criança apresentar uma dermatite atópica aumenta em 25%.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da dermatite atópica em bebês são manifestações de irritação na pele acompanhada a manchas e bolhas avermelhadas. Outros sintomas caraterísticos são:
- Ressecamento da pele;
- Coceira constante;
- Áreas avermelhadas com ferimentos;
- Áreas espessas devido à coceira prolongada;
- Pele rachada e escamosa;
- Bolhas e inchaço;
- Pele grossa, escura e com cicatrizes.
Os sintomas costumam se manifestar no rosto e couro cabeludo, bem como em joelho, cotovelo, mãos, pés, tornozelos, pulsos, pescoço, parte superior do peito, pálpebras, entre outras partes do corpo.
Nesse conteúdo falamos sobre o que fazer com pequenas lesões em crianças.
A dermatite atópica é contagiosa?
A dermatite atópica em bebês não é contagiosa. Por se tratar de uma doença crônica e hereditária, não é possível ser transmitida por contato.
Quais cuidados tomar para a prevenção de dermatite atópica?
Para prevenir as crises provocadas pela dermatite atópica é importante adotar alguns cuidados especiais com a pele como:
- Identificar os fatores de risco que desencadeiam as crises;
- Evitar arranhar ou esfregar a região afetada;
- Tomar banhos curtos e não muito quentes para evitar ressecar a pele;
- Secar suavemente a pele após o banho, utilizando toalhas macias;
- Usar sabonetes sem fragrâncias;
- Usar o Spray de Barreira para proteção evitar dermatites causadas por agentes externos;
- Manter a pele sempre bem hidratada;
- Evitar o uso de roupas de lã e tecido sintético;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar o contato com substâncias irritantes e alérgenos;
- Tomar bastante água;
- Utilizar travesseiros de fibra sintética;
- Usar protetor solar diariamente.
Tratamento para dermatite atópica em bebês
A dermatite atópica em bebês não tem cura, mas tem tratamento. O tratamento consiste em controlar os sintomas e prevenir complicações para proporcionar conforto e qualidade de vida ao bebê nos seus primeiros anos de vida.
Considerando que a dermatite atópica em bebês pode ser desencadeada por diversos fatores, somente o médico pediatra, alergologista, dermatologista pode diagnosticar essa condição e o enfermeiro dermatológico quem realiza os cuidados.
Gostou do conteúdo? Agora saiba quais as diferenças entre dermatose e dermatite!
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária