A ressecção intestinal é um procedimento cirúrgico de retirada total do intestino (colectomia total) ou parte dele (colectomia segmentar). Esse procedimento costuma ser recomendado como tratamento para doenças no cólon.
O que é cólon e qual sua função?
O cólon é um órgão que faz parte do intestino grosso, formado por quatro partes: cólon ascendente, transverso, descendente e sigmoide.
O intestino (composto de intestino grosso e delgado) é um órgão essencial do sistema digestivo e sua principal função é armazenar resíduos, absorver vitaminas e formar as fezes.
As principais funções do cólon são:
- Absorver água, nutrientes, vitaminas e eletrólitos que não foram absorvidos pelo intestino delgado;
- Diferir carboidratos complexos, difíceis de serem digeridos pelo intestino delgado;
- Formar fezes sólidas que, na sequência, serão eliminadas pelo reto;
- Armazenar fezes e realizar contrações para que elas se movam em direção ao reto.
Quais são os sintomas de problemas no cólon?
Os sintomas que podem indicar problemas no cólon e no intestino (de maneira geral) incluem:
- Diarreia ou prisão de ventre constante;
- Dor ou dificuldade para evacuar;
- Dor abdominal ou cólicas intestinais repentina ou frequentes;
- Excesso de gases intestinais;
- Fezes com sangue ou muco;
- Perda do apetite e de peso;
- Alteração no formato das fezes.
Como é feito a ressecção do intestino?
O principal método para realizar a ressecção intestinal é por meio da colectomia, uma cirurgia para retirada parcial ou total do cólon. Vamos falar sobre cada uma delas logo abaixo.
A colectomia parcial, envolve a remoção de uma parte do cólon – que é dividido em ascendente, descendente, transverso e sigmoide. Na sequência, é feita a ligação entre as demais partes que permanecem no organismo, para que o intestino continue funcionando normalmente após a cirurgia.
Já a colectomia total consiste na retirada de todo o intestino grosso. Nesses casos, é muito importante que o paciente siga as orientações médicas para que tenha uma boa qualidade de vida mesmo sem o órgão.
A colectomia pode ser feita de duas maneiras:
- Colectomia aberta: feita por meio de uma longa incisão vertical na barriga.
- Colectomia assistida por laparoscopia: feita com pequenas incisões e uma pequena câmera de vídeo introduzida em uma das incisões.
Quando a colectomia é necessária?
A colectomia pode ser recomendada para o tratamento de doenças como:
- Câncer de cólon
- Doença de Crohn
- Retocolite Ulcerativa
- Obstrução intestinal
- Diverticulite
Uma vez que o intestino é removido, o médico cirurgião irá definir de que forma o sistema digestivo volte a ser utilizado para que o fluxo fecal seja reconstituído. As opções podem incluir:
A costura das partes restantes do cólon, criando o que é chamado de anastomose. Nesse caso, o fluxo do intestino é reconstruído e a evacuação ocorre pelo ânus, como era antes.
A segunda alternativa é o ligamento do intestino a uma abertura criada na parede do abdômen, exteriorizando uma parte do intestino. Essa abertura é chamada de estoma. Nesse caso, a pessoa passa a usar uma bolsa coletora do lado de fora, acoplada ao abdômen, que deve ser esvaziada e higienizada ao longo do dia.
O uso da bolsa de ostomia pode ser temporário, apenas durante o período de tratamento, ou definitivo. Vamos falar disso logo abaixo.
Ostomias temporárias e permanentes
As ostomias podem ser permanentes ou temporárias, variando de acordo com cada caso. Os estomas temporários podem ser realizados para evitar a passagem de fezes até que o local operado esteja completamente cicatrizado.
Já os estomas permanentes são necessários quando não é mais possível manter a função normal do intestino e o fluxo fecal precisa ser desviado definitivamente.
Saiba mais sobre as ostomias aqui.
Cuidados com a ostomia
Nos primeiros dias, conviver com a rotina de uma ostomia pode ser desafiador, especialmente no pós-operatório. Mas, passado o período de recuperação da cirurgia e de adaptação, os cuidados com a bolsinha passam a ser apenas mais um detalhe no dia a dia.
Ao longo desse período, alguns cuidados diários são importantes para a manutenção e limpeza da bolsinha de ostomia.
Pensando em facilitar a rotina de cuidados e melhorar qualidade de vida dos estomizados, a Vuelo Pharma desenvolveu o Gelificador para Bolsas de Estomia.
Além dos cuidados físicos com a bolsinha, algumas questões psicológicas são comuns em pessoas recém-ostomizadas, como o receio de vazamentos e possíveis odores.
O Gelificador para Bolsas de Estomia é um produto essencial não só no período de adaptação, mas ao longo da jornada do ostomizado, pois melhora a autoestima e auxilia na reinserção social.
São cápsulas que gelificam os líquidos presentes na bolsa de ostomia, evitando infiltrações e vazamento. Além disso, o Gelificador contém óleo essencial de lavanda, que aromatiza as fezes, combatendo os odores.
Ou seja, o Gelificador é um aliado do ostomizado, que pode passar a focar no que realmente importa: viver a vida em sua totalidade.
Andrezza Barreto
Andrezza Silvano Barreto
Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE |
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE |
Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma |
Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 |
Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals |
Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária |
Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária