Apesar de o Brasil ser o segundo país em todo o mundo em casos de hanseníase (ficando atrás apenas da Índia), a doença – antigamente conhecida como lepra – ainda é bastante negligenciada.
O que é a hanseníase?
É uma doença crônica, infectocontagiosa e que atinge especialmente homens. A transmissão é feita por vias aéreas, através de tosse ou espirro. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.
Hanseníase em números
Segundo a Secretaria da Saúde, no Paraná o maior problema é falta de conhecimento da doença, que faz com que os casos, sejam identificados de modo tardio, muitas vezes pelas sequelas que já apresentam.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico para hanseníase é feito por meio de exames gerais e dermatológicos, que buscam identificar lesões ou áreas da pele com pouca ou nenhuma sensibilidade, alterações motoras e sensitivas.
Quando diagnosticada tardiamente, a hanseníase pode resultar em feridas, perda da sensibilidade protetora da pele, diminuição da força muscular e deformidades visíveis em mãos, pés e olhos.
Comprometimento da hanseníase:
A hanseníase é considerada uma das principais causas de incapacidades físicas devido a seu potencial para lesões neurais. Além disso, gera deformidades físicas que prejudicam a funcionalidade de membros, causam dor e podem, inclusive, levar à amputações.
O estigma e a discriminação geram sofrimento e podem afetar a qualidade de vida das pessoas acometidas pela doença. Pensando nisso, o Ministério da Saúde criou A Caderneta de Saúde da Pessoa Acometida pela Hanseníase, para que você tenha o registro do seu tratamento, bem como orientações sobre a doença, seus direitos e os cuidados com a sua saúde.
Classificação da hanseníase
Segundo o Ministério da Saúde, pessoas com hanseníase podem ser classificadas em:
- Hanseníase Paucibacilar (PB): 1 a 5 lesões cutâneas e baciloscopia obrigatoriamente negativa;
- Hanseníase Multibacilar (MB): mais de cinco lesões de pele e/ou baciloscopia positiva.
Quais os sintomas da hanseníase?
Os primeiros sintomas são formigamentos, dormência ou ardor nos braços, mãos, pernas ou pés. Na sequência, percebe-se a diminuição da força muscular das mãos, pés ou rosto.
Com o passar dos meses ou até anos, surgem manchas na pele, que podem ser esbranquiçadas, avermelhadas ou de coloração castanha. Outros sintomas são: pele seca, queda de pelos, nódulos avermelhados e doloridos.
Como é a transmissão da hanseníase?
A hanseníase é transmitida por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível (com maior probabilidade de adoecer) com uma pessoa com hanseníase que não está sendo tratado. Normalmente, a fonte da doença é um parente próximo que não sabe que está doente.
Prevenção
No Brasil, a Lei nº 12.135/2009, instituiu o último domingo do mês de janeiro como Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, com o objetivo de chamar a atenção para as medidas de prevenção e controle da doença.
Como é o tratamento para hanseníase?
A hanseníase tem cura. O tratamento leva entre 6 e 12 meses e é oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O paciente toma uma medicação em casa, todos os dias, e vai à unidade de saúde mensalmente para receber a dose supervisionada. Assim que inicia o tratamento, o paciente não transmite mais a doença.
Como tratar as feridas causadas pela hanseníase?
O tratamento das lesões pode ser realizado com a Membrana Regeneradora Porosa Membracel, que acelera a cicatrização da pele. Além disso, a membrana não necessita de trocas diárias e, portanto, proporciona mais conforto ao paciente, que não precisa passar por inúmeras trocas de curativos.
A Membracel protege as terminações nervosas, diminuindo a dor já na primeira aplicação. Com a membrana, o paciente consegue retomar a qualidade de vida durante o tratamento devido, principalmente, a diminuição da dor.
Antonio Rangel
Antônio Rangel
Enfermeiro Especialista Estomaterapia e Podiatria Clinica e saúde da Família |
Graduado em enfermagem pela PUC-PR |
Pós-graduado em Estomaterapia (feridas, incontinência e estigmas) pela PUC-PR |
Pós-graduado em Podiatria Clínica pela UNIFESP |
Pós-graduado em Saúde Coletiva pela UFPR |
Pós-graduado em Saúde da Família pela Faculdade Evangélica pela PR |
Enfermeiro Assessor Técnico da Vuelo Pharma até 2023 |
Professor convidado do curso de Estomaterapia da PUC-PR |
Enfermeiro referência para tratamento de feridas e pé diabético da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba